quinta-feira, julho 26, 2018

Pais de Beatriz pedem prisão do homem suspeito de apagar imagens do dia do assassinato da menina, em Petrolina

Beatriz Angélica foi encontrada morta em uma escola particular de Petrolina (Foto: Arquivo pessoal)
Pais de Beatriz Angélica falam sobre as investigações do assassinato da menina (Foto: Emerson Rocha)

Um homem suspeito de apagar imagens das câmeras de segurança da colégio particular onde a menina Beatriz Angélica Mota Ferreira da Silva, de 7 a nos, foi encontrada morta, com 42 facadas, no dia 10 de dezembro de 2015, foi conduzido coercitivamente pela polícia para prestar depoimento sobre o caso. O crime aconteceu em Petrolina, no Sertão de Pernambuco, e teve repercussão nacional. Em entrevista exclusiva a TV Grande Rio, nesta quinta-feira (26), os pais da garota, Sandro Romildo Ferreira da Silva e Lúcia Mota, falaram sobre a decisão da justiça. Confira a entrevista completa no vídeo acima.

O casal lamentou o fato do pedido de prisão preventiva do homem que, segundo eles, era funcionário do colégio, ter sido negado pela justiça. Os pais acreditam que a condução coercitiva foi insuficiente. “A gente precisa saber por que ele apagou essas imagens. Não foram imagens aleatórias. Ele voltou dias depois a escola, apagou imagens de câmeras específicas, no dia específico, no horário específico. A gente precisa dessa prisão pra ele revelar por que fez isso, a mando de quem, se foi deliberadamente opinião dele”, diz Sandro Romildo.


“É importante que o judiciário reavalie essa decisão, porque Beatriz, mais uma vez, está sendo vítima da injustiça. E agora está partindo do judiciário. Essa negativa vai prejudicar o processo no futuro”, afirma Lúcia Mota.

Os pais de Beatriz também falaram sobre os avanços nas investigações sobre a morte da menina. Para Lúcia Mota, o entrosamento entre a Polícia Civil e o Ministério Público tem sido muito importante. “Eles têm desenvolvido um trabalho de excelência. Isso pra gente foi bastante relevante. Estamos colhendo os frutos desse entrosamento. Já chegou-se a uma prova, a uma evidência concreta de um fato que ocorreu no dia 10 de dezembro de 2015, porque, até então, não existia nada”.

Em nota, o Ministério Público informou que o grupo de trabalho do MP designado para o caso segue atuando para elucidar a morte de Beatriz Angélica Mota e que recentemente recebeu reforço de dois novos servidores que vão ajudar os promotores de justiça.

Também por meio de nota, o Colégio Nossa Senhora Auxiliadora informou que o homem apontado pela polícia como suspeito de ter apagado as imagens das câmeras de segurança da instituição, nunca fez parte do quadro de funcionários do colégio, e que ele apenas prestava serviço através de uma empresa contratada. O colégio afirma ainda que não houve qualquer tipo de manipulação das imagens pela instituição, e que as gravações foram entregues de forma completa a polícia.

Beatriz Angélica foi assassinada com 42 facadas dentro de um dos mais tradicionais colégios particulares de Petrolina. O crime ocorreu dentro da quadra onde acontecia a solenidade de formatura das turmas do terceiro ano da escola. A irmã da menina era uma das formandas. A última imagem que a polícia tem de Beatriz foi registrada às 21h59 do dia 10 de dezembro de 2015, quando ela se afasta da mãe e vai até o bebedouro do colégio, localizado na parte inferior da quadra. Minutos depois, o corpo da criança foi encontrado atrás de um armário, dentro de uma sala de material esportivo que estava desativada após um incêndio provocado por ex-alunos do colégio.

Por G1 Petrolina

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