A falta de informação, alterações hormonais na gestação e até a alta expectativa de vida fazem com que as mulheres tenham mais problemas na visão que os homens
Muita gente não imagina, mas ter uma boa alimentação, praticar exercícios físicos e manter o controle do peso são fundamentais para evitar problemas oculares. Em mulheres, esses cuidados devem ser redobrados. Segundo os dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), duas a cada três pessoas cegas no mundo são mulheres. Alguns fatores apontados pelo órgão para justificar este número são as questões socioeconômicas, a falta de informação a respeito de problemas oculares e alterações hormonais.
De acordo com o Conselho Brasileiro de Oftalmologia (CBO), doenças como a Degeneração Macular Relacionada à Idade (DMRI), olho seco, glaucoma, catarata, doenças neuroftalmológicas e oculares inflamatórias tendem a ser mais comuns em mulheres do que em homens. “As mulheres estão mais suscetíveis a doenças autoimunes que podem afetar a visão, como lúpus ou esclerose múltipla”, acrescenta o oftalmologista do Hospital da Visão de Toledo, Gláucio Bressanim.
Sentir a visão mais turva ou ter o aumento do grau ocular em relação aos problemas já existentes, como a miopia, também é frequente. Outro alerta é em relação ao aumento da pressão arterial durante a gravidez. “Esse descontrole da pressão arterial pode levar a problemas oculares e, em alguns casos, com severidade. Por isso é essencial que a mulher faça exames oftalmológicos durante o pré-natal”.
Expectativa de vida - Outro dado curioso sobre os problemas oculares aparecerem mais em mulheres é o fato de elas estarem vivendo mais que os homens. O Índice Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) aponta que a expectativa de vida feminina é, em média 78,6 anos, enquanto a dos homens é de 71,3 anos. “Por isso, nas mulheres, as doenças do próprio envelhecimento, como catarata e degeneração macular relacionada à idade, são mais frequentes”, comenta o oftalmologista.
Prevenção - Para evitar problemas mais graves é recomendado visitas periódicas ao oftalmologista. “Deve ser algo rotineiro. Elas devem estar atentas a possíveis perdas graduais da visão ou se estão enxergando, por exemplo, objetos desfocados. São dificuldades que as fazem perder o interesse em atividades do dia a dia, como ler, escrever, e a até perder a vaidade, já que fica mais difícil se maquiar e se cuidar. No entanto nem sempre isso é associado por elas a problemas na visão e aí está o perigo”, conclui Gláucio Bressanim.
Hospital da Visão de Toledo
O Hospital da Visão de Toledo (HVT) oferece atendimento em oftalmologia geral, clínico e cirúrgico, com ênfase em cirurgia do segmento anterior, como catarata, e alguns procedimentos do segmento posterior do olho, como aplicações de medicamentos e fotocoagulação a laser. A unidade médica conta com três oftalmologistas independentes e atende de forma particular e/ou por meio de convênios, como UNIMED, SerPrati e o Sistema Nacional de Atendimento Médico (Sinam).
Sobre Doutor Gláucio Bressanim
Gláucio Bressanim é graduado em Medicina pela Universidade Estadual de Londrina (UEL), onde também fez residência entre 2004 e 2007. É especialista em inflamação intraocular (Uveíte) pela Escola Paulista de Medicina (UNIFESP) e em Retina e Vítreo pela Universidade de São Paulo (USP). Atua no Instituto da Visão de Cascavel desde 2009 e desde 2011 atende também no Hospital da Visão de Toledo.
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