Uma ambulância saiu às pressas e pouco depois um helicóptero decolou e sobrevoou o centro de imprensa formado nas redondezas da caverna, segundo relatos da mídia no local.
— A segunda operação começou às 11h (1h no horário de Brasília) — afirmou Narongsak Osottanakorn, governador de Chiang Rai e chefe da célula de resgate. — Teremos boas notícias em algumas horas — disse, antes do quinto menino ser salvo.
O ministro do Interior da Tailândia, Anupong Paojinda, disse que os mergulhadores precisam colocar mais tanques de ar ao longo da rota até o local onde os oito meninos restantes e seu treinador estão refugiados. O processo pode levar várias horas.
A chuva de monção que ameaça inundar novamente a complexa rede subterrânea, de quase 10 quilômetros de comprimento, é o principal desafio para os socorristas, que temem novas tempestades antes da retirada de todo o grupo da caverna.
A complexa operação de resgate começou no domingo e conseguiu salvar quatro meninos, graças ao trabalho de mergulhadores experientes que os guiaram ao longo de um caminho tortuoso, com trechos inundados e passagens muito estreitas.
Batizados pelas redes sociais como "Javalis Selvagens 1, 2, 3 e 4", os quatro meninos estão hospitalizados e se encontram bem, informou Osottanakorn. No momento, no entanto, permanecem afastados dos pais para evitar uma contaminação por sua atual fragilidade.
— Os médicos pensam em permitir as visitas das famílias, mas separadas por um vidro — disse o governador.
Os primeiros resgates foram como um alívio ao drama vivido pelo país, que agora tem esperança de um final feliz para os 12 meninos e seu técnico de futebol. O caso atraiu centenas de jornalistas de todo o mundo para a região. O time de futebol está preso na caverna de Tham Luang, na província de Chiang Rai, no Norte da Tailândia, desde o último dia 23. Os meninos têm entre 11 e 16 anos.
No domingo, o tempo para percorrer o trajeto estava previsto em 11 horas — seis para ir e cinco para voltar, graças à ajuda da corrente — , mas foi completado em cerca de nove horas, o que permitiu aos tailandeses respirarem aliviados e renovarem suas esperanças de ver todos deixarem a caverna.
Autoridades explicaram que as condições climáticas estavam boas na medida do possível, e os meninos tinham força emocional e física para encarar o desafio, sob o consentimento dos pais e da equipe médica envolvida. O nível da água na caverna era o mais baixo desde o início da operação, e as primeiras câmaras que o grupo precisava atravessar — inundadas até dias atrás — já estavam secas.
O nível de oxigênio também estabilizara, após o receio do aumento de dióxido de carbono devido à presença das equipes de resgate. Mas as condições não deveriam melhorar ainda mais, já que mais chuvas estavam previstas e, no total, a operação ainda pode levar mais dois ou três dias.
Extra-RJ
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