Terreno foi deixado em herança pelo "Padim Ciço' a dois santos: Nossa Senhora do Perpétuo Socorro e São Miguel; Proprietário de dezenas de imóveis e terrenos em Juazeiro do Norte, o empresário se envolveu em uma questão polêmica com a Igreja Católica que foi parar no Superior Tribunal de Justiça (STJ), em Brasília.
Francisco Pereira da Silva, empresário do ramo imobiliário, foi assassinado na manhã deste sábado (14), em Juazeiro do Norte. De acordo com a Polícia Civil, o crime ocorreu por volta das 10h30, no Bairro Salgadinho, quando ele foi atingido por tiros disparados por ocupantes de uma motocicleta. O empresário estava envolvido em uma disputa judicial de bens deixados em herança pelo 'Padim Ciço' a dois santos.
De acordo com a polícia, o empresário trafegava nas proximidades do Anel Viário, perto da ponte sobre o Rio Salgadinho. Ao ser atingido pelo disparos, perdeu a direção do veículo e caiu em um barranco.
O carro, que ficou parcialmente destruído, tinha várias marcas de bala e os vidros quebrados. Francisco Pereira da Silva morreu no local. A polícia investiga a autoria do crime e as motivações do assassinato.
Proprietário de dezenas de imóveis e terrenos em Juazeiro do Norte, o empresário se envolveu em uma questão polêmica com a Igreja Católica que foi parar no Superior Tribunal de Justiça (STJ), em Brasília. Trata-se da herança deixada pelo Padre Cícero Romão Batista – o 'Padim Ciço' – para dois santos: Nossa Senhora do Perpétuo Socorro e São Miguel de Juazeiro do Norte.
São terrenos e imóveis que foram doados pelos fieis ao 'Padim Ciço' e que o deixou milionário. Em 1998, o então vigário da paróquia de Juazeiro do Norte, Padre Francisco Murilo de Sá Barreto, decidiu vender parte da herança dos santos: um terreno de 750 mil m², que o empresário Francisco Pereira da Silva afirmou ter comprado por R$ 85 mil. Localizada no Bairro São José, hoje a área está avaliada em R$ 30 milhões.
Em 2010, ao tomar conhecimento da transação imobiliária, a Diocese do Crato entrou com uma ação na Justiça questionando a venda. “A igreja quer reaver a sua propriedade que foi usurpada. A Diocese do Crato foi surpreendida – no ano de 2010 – com uma transferência irregular dessa propriedade, hoje sob litígio. Nós temos documentos oficiais que a propriedade desses terrenos é a Diocese do Crato, a Igreja”, afirma o advogado da Diocese do Crato, Harles Macêdo, em entrevista ao Fantástico em 2016.
Por G1
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