Brasileira que estudava medicina na Nicarágua, Raynéia foi morta na segunda-feira (23) após ter sido atingida por tiros disparados por "um grupo de paramilitares", conforme informou Ernesto Medina, reitor da Universidade Americana em Manágua (UAM).
De acordo com a Associação Nicaraguense de Direitos Humanos, mais de 350 pessoas já morreram, entre elas, muitos estudantes. Nesta terça, a Polícia Nacional negou a versão do reitor.
O G1 apurou que a embaixadora foi convocada a prestar esclarecimentos e se reuniu com o subsecretário-geral da América Latina e do Caribe do Itamaraty.
Além da convocação de Lorena Martínez, o governo brasileiro também chamou o embaixador do Brasil na Nicarágua, Luís Cláudio Villafañe Gomes Santos, para consultas. A convocação do embaixador também foi motivada pela morte da estudante brasileira.
Nesse caso, ele terá de voltar ao país para se reunir com as autoridades brasileiras. Segundo o G1 apurou, o embaixador foi chamado de volta ao Brasil para que possa expor a sua visão sobre o momento político no país e sobre o que pode ter acontecido no episódio que resultou na morte da estudante brasileira.
Esse ato de chamar o embaixador ao Brasil, de acordo com uma fonte ouvida pela reportagem, não é corriqueiro, e só é tomado em situações em que o país decide adotar uma posição mais firme. O ato, porém, não configura uma ruptura diplomática entre os países.
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