A quadrilha desarticulada pela Operação Arapuca, deflagrada pela Polícia Civil nesta quarta-feira (27), rendia as vítimas para roubar máquinas agrícolas e revender por até 10% do valor de mercado. Segundo o delegado José Cláudio Nogueira, um equipamento que normalmente custa entre R$ 200 mil e R$ 300 mil era repassado no interior de Pernambuco por R$ R$ 30 ou R$ 40 mil.
Os agentes cumpriram os nove mandados de prisão expedidos pela Comarca de Camaragibe, na Região Metropolitana. As ações ocorreram no Recife e em Limoeiro, no Agreste.
Segundo a polícia Civil, três envolvidos foram detidos nesta quarta-feira (27). Quatro homens, considerados os líderes da quadrilha, já estavam em unidades prisionais e comandavam o crime de dentro da cadeia.
Houve um flagrante no domingo (24), quando um dos integrantes do grupo levava uma máquina para o interior. Outra prisão ocorreu na quinta-feira (21), quando um homem tentou arremessar drogas por cima do muro de um presídio e ficou constatada a participação dele na organização.
O delegado José Cláudio Nogueira afirmou que a polícia registrou, desde o final de2017, seis roubos de máquinas atribuídos ao grupo.
“Eles usavam armas e rendiam os trabalhadores quando estavam indo para os locais de serviço e repassavam essas máquinas para receptadores certos, sobretudo, no interior. As pessoas que pegaram essas máquinas sabiam que estavam cometendo crime”, afirmou.
O delegado disse, ainda, que entre os presos estão chefes do grupo, executores dos roubos e intermediários. “Não podemos afirmar ainda quem são esses compradores que pegavam as máquinas. Quando todos forem identificados, poderão ser presos”, afirmou.
Ação
A Arapuca foi a 26ª operação de repressão qualificada desencadeada este ano pela Polícia Civil. A ação teve comando Diretoria Integrada Especializada (Diresp) e apoio do setor de inteligência.
Participaram da ação 55 policiais civis, entre delegados, agentes e escrivães. Os presos e o material recolhido foram levados para a sede do departamento de Repressão aos Crimes Patrimoniais (Depatri), em Afogados, na Zona Oeste do Recife.
Por G1 PE
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