Nas últimas semanas, a SES observou uma média semanal de 75 casos de Srag, enquanto anteriormente estavam sendo 50, ou seja, houve um incremento de 50%. Diante disso, a Secretaria ressalta a importância dos grupos prioritários para a vacina contra a influenza procurarem os postos de saúde para serem imunizados, medida que evita o agravamento da doença e óbitos. A SES também está encaminhando, na última quarta-feira (16.05), uma nota de alerta para os municípios com as informações epidemiológicas e as orientações.
“Analisando os dados, verificamos um maior incremento de casos de Srag nas semanas epidemiológicas entre os dias 15 de abril e 5 de maio deste ano, além de um aumento da gravidade nos casos confirmados de influenza. Precisamos chamar a atenção do público alvo para a vacinação, bem como da importância da adoção das demais medidas de prevenção e do manejo adequado dos casos pelos serviços de saúde”, afirma a gerente de Controle de Doenças Imunopreveníveis da SES, Ana Antunes. A gerente ressalta, ainda, que, em 2018, não foi registrado nenhum vírus novo em circulação no Estado.
Para os serviços de saúde, Ana Antunes lembra a importância da notificação imediata dos casos de Srag, que é obrigatória, e do tratamento com oseltamivir. Pessoas que possuem fatores de risco para o agravamento que apresentarem sintomas de síndrome gripal também devem utilizar essa medicação.
A população em geral também pode adotar medidas simples para evitar a propagação da doença, a exemplo de: sempre lavar as mãos com água e sabão ou higienizá-las com álcool em gel; cobrir o nariz e a boca com o antebraço ou lenço ao tossir ou espirrar e descartar o lenço no lixo após uso; evitar tocar olhos, nariz ou boca; evitar contato próximo com pessoas doentes.
Em 2018, também foram registrados seis óbitos de Srag com resultados laboratoriais confirmados para influenza – cinco de influenza A(H1N1) e um de influenza A(H3N2) – , enquanto que em 2017, no mesmo período, foram cinco óbitos, todos com identificação da influenza A(H3N2).
SRAG EM 2017 – No ano passado, no mesmo período deste ano, foram registrados 741 casos de Srag, sendo 62 de influenza A(H3N2), 8 de influenza B, 3 de VSR e 1 de parainfluenza1.
SÍNDROME GRIPAL – No caso da síndrome gripal (SG), que engloba os casos leves, o Estado faz o acompanhamento em quatro unidades sentinelas, localizadas no Recife (3) e em Jaboatão dos Guararapes (1). Nessas unidades são realizadas semanalmente algumas coletas de amostras dos pacientes para identificar os vírus em circulação no Estado. Até o dia 5 de maio, já foram confirmados 23 casos de influenza A(H1N1), 12 de influenza A(H3N2), 1 de influenza B e 1 de vírus sincicial respiratório (VSR).
VACINAÇÃO – Após 24 dias da Campanha Nacional de Vacinação contra a Influenza, 1.185.794 pessoas foram imunizadas com a vacina que protege contra a influenza A(H1N1), A(H3N2) e B. O quantitativo representa 49,4% do total do público alvo em Pernambuco (2.399.361). A meta é imunizar, no mínimo, 90% desse contingente.
“Entre os grupos prioritários, até o momento, as crianças estão com o menor percentual de imunização (39,5%). Por isso, é importante que os pais ou responsáveis as levem aos postos de saúde para que seja feita a vacinação. Esse é um direito da população inclusa nos grupos prioritários e uma ação essencial de saúde para evitar o agravamento e os óbitos pelos vírus da influenza”, destaca a coordenadora do Programa Estadual de Imunização da SES, Ana Catarina de Melo.
As puérperas e os trabalhadores de saúde são os grupos prioritários com as maiores coberturas vacinais (68,1% e 60,9%, respectivamente). “Temos mais 16 dias de campanha para vacinar mais de 1,2 milhão de pernambucanos. Os postos estão abastecidos e recebendo normalmente a demanda até o dia 1º de junho”, pontua Ana Catarina.
SES-PE
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