O capitão Stefan Cruz, chefe do Serviço Reservado do 18º BPM foi assassinado sem esboçar reação
O assassinato de um oficial da PM desencadeou uma onda de violência que resultou outras quatro mortes. Abordado por dois bandidos na esquina da Estrada do Capenha com a Avenida Geremário Dantas, no Pechincha, o capitão Stefan Cruz Contreiras, chefe do Serviço Reservado do 18º BPM (Jacarepaguá), não esboçou reação e entregou sua motocicleta. Mas, ao ser revistado por um dos ladrões, tentou correr e acabou sendo atingido por mais de dez disparos. O crime levou o comandante do batalhão, coronel Marcos Netto, a convocar sua tropa para uma “guerra sem trégua”, conforme escreveu em um aplicativo de troca de mensagens. Em seguida, os policiais partiram em peso para a Cidade de Deus.
A operação terminou com quatro mortos e fechou, por duas horas, a Linha Amarela, umas das vias expressas mais importantes da cidade. “Quero pedir a todos vocês que se empenhem ao máximo, buscando quem quer que seja, em qualquer buraco, viela, casa, seja lá onde for, os assassinos do Contreiras”, escreveu o comandante do 18º BPM por WhatsApp.
A operação na Cidade de Deus contou com a participação de equipes do Comando de Operações Especiais (COE) e da Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) e foi planejada às pressas após a morte do oficial. Segundo a PM, os quatro mortos durante a ação são traficantes que entraram em confronto com policiais.
Dois deles foram feridos e socorridos por agentes do Bope; outro foi levado ao Hospital municipal Lourenço Jorge por PMs do Batalhão de Choque; um quarto foi baleado num confronto com o Batalhão de Ações com Cães. Todas as vítimas foram removidas do local do crime pela PM e já chegaram mortas à unidade de saúde. Até a noite de ontem, os mortos não haviam sido identificados.
Ao todo, de acordo com o balanço divulgado pela PM, oito pessoas foram presas na ação. Dois fuzis, quatro pistolas e drogas que ainda serão contabilizadas foram apreendidos. Na ação, três pessoas ficaram feridas, entre elas um PM do Bope, que foi atendido no Lourenço Jorge e, posteriormente, transferido para o Hospital Central da PM, no Estácio. Um vídeo flagrou o momento em que o agente foi socorrido na favela.
Por causa da ação policial, a Linha Amarela foi fechada dos dois sentidos. Motoristas que passavam pela via expressa entraram em pânico. Alguns deixaram seus carros para trás e fugiram a pé. Outros se agacharam para se proteger atrás das muretas que separam a via da favela. Ninguém foi atingido na Linha Amarela.
Extra-RJ
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