quinta-feira, maio 03, 2018

Prédio vizinho a edifício que desmoronou no Centro de SP corre risco de desabar, diz bombeiro

Estrutura também foi atingida pelo incêndio e sofreu rachaduras. Detalhe de rachadura e buraco aberto após incêndio no Largo do Paissandu (Foto: Kleber Tomaz/G1)

O prédio vizinho ao edifício Wilton Paes de Almeida, que desmoronou no Largo do Paissandu, no Centro de São Paulo, corre risco de desabar, informou nesta quinta-feira (3) o major do Corpo de Bombeiros que comanda as operações de buscas nos escombros.

As máquinas e os bombeiros foram retirados às pressas da área próxima ao edifício. Técnicos da Defesa Civil avaliaram que ele corre o risco de cair, então não será mais utilizado.

Bombeiros seguem usando as máquinas pesadas para retirar o entulho da rua e do local do desmoronamento. Oficialmente, quatro pessoas estão desaparecidas. Parentes de outros moradores foram até o local procurar por informações.

O prédio também foi atingido pelo incêndio iniciado no Wilton Paes de Almeida. A lateral dele apresentou rachaduras e um buraco se abriu após o desmoronamento. Vizinhos disseram ao G1 na quarta que temem um possível desmoronamento.

Estratégia

A informação do possível condenação do outro prédio vem horas após o Corpo de Bombeiros mudar a estratégia de buscas e começar a trabalhar com máquinas pesadas no local do desabamento.


Duas escavadeiras, um trator e caminhões começaram a ser usados na retirada de entulho. Os bombeiros também continuaram resfriandos os destroços, pois focos de incêndio foram encontrados. As buscas manuais foram encerradas.

“Os objetivos continuam, mas a estratégia mudou. Já se passaram mais de 48 horas do início das buscas, protocolarmente é aceito o uso de maquinário pesado”, afirmou o capitão Robson Mitsuo.

O Corpo de Bombeiros trabalhou durante toda a madrugada no local do acidente com a ajuda de 80 homens que estava divididos em duas equipes: uma equipe de incêndio para fazer o resfriamento e outra equipe de buscas, que fazia o trabalho manual com ajuda de cães farejadores, que foi parada após o uso das máquinas.

De acordo com protocolo internacional em casos de desmoronamento a chance de encontrar sobreviventes após 24 horas varia de 1% a 3% e 48 horas após o desmoronamento as chances são mínimas de encontrar pessoas vivas no prédio.

G1 SP

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