A ordem é tentar acertar uma trégua com os caminhoneiros ainda nesta quinta em uma reunião prevista para o início da tarde. Nessa linha, Temer recebeu com alívio a decisão da Petrobras de reduzir em 10% o preço do diesel por 15 dias.
Antes de ser informado da decisão da estatal, o presidente avaliou com assessores que a situação estava chegando num ponto de gravidade elevada, com risco de desabastecimento em vários setores da economia, podendo parar a produção de algumas empresas.
“Pelo menos uma boa notícia desde o início dos protestos”, comentou Temer depois de ser informado pelo presidente da Petrobras, Pedro Parente, da decisão tomada pela diretoria da estatal.
Temer começou o dia com uma reunião com seus ministros mais próximos e chamou Pedro Parente para participar das conversas na busca de acertar uma pauta para acabar, pelo menos temporariamente, com o protesto dos caminhoneiros.
Na avaliação de interlocutores do presidente, o governo não contava com o potencial de mobilização dos caminhoneiros e foi surpreendido pelos efeitos da paralisação num prazo muito curto.
Segundo um auxiliar, o governo demorou a perceber que o preço do diesel estava subindo numa escala preocupante, prejudicando o setor de transportes no país. Resultado de uma reta final de mandato muito pior do que imaginava a equipe presidencial.
Sem apoio no Congresso para votar seus projetos, com a economia vivendo dias de turbulência, Temer agora sofre mais desgastes ainda com os protestos dos caminhoneiros. Por isso recebeu com alívio a decisão da Petrobras anunciada na noite desta quarta (23).
Agora, ele espera que os caminhoneiros tenham, nas palavras de auxiliares, “bom senso e concedam uma trégua” até que seja encontrada uma solução definitiva para a crise do preço dos combustíveis. O governo espera fechar um acordo provisório com os caminhoneiros envolvendo principalmente a redução de tributos federais e também estaduais sobre diesel.
G1
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