Cristina Amaral lança o CD e DVD, “Minha Voz Minha Vida Ao Vivo”, experimentando novas parcerias e aproveitando um de seus melhores momentos artísticos – concorre às principais categorias do Prêmio da Música de Pernambuco e será coroada Dama Do Cais do Sertão, pela contribuição à cultura nordestina, em especial o forró – sua grande paixão
Cristina Amaral não poderia estar em melhor fase: ao longo da carreira soube não apenas conquistar seu espaço no mercado como ainda consegue se transformar, firmando novas parcerias e enaltecendo, sempre, o forró, sua grande paixão e inspiração. “Amo cantar forró, é o nosso ritmo que nos representa enquanto nordestinos. Mas também sou apaixonada pelos ritmos locais, como nosso frevo, que é uma expressão máxima de alegria e libertação”, destaca. Forró e frevo, aliás, dão o tom do novo trabalho da artista que chega às lojas em abril: “Minha Voz Minha Vida Ao Vivo”, gravado no Parque Dona Lindu e com participações variadas, como Genival Lacerda e Priscila Senna, está disponível nos formatos CD e DVD.
No show Cristina passeia por sua carreira e também pelos artistas que a influenciam, usando canções que vão de Alceu Valença, artista que a cantora gravou em um de seus primeiros álbuns, a clássicos como “Severina Xique Xique” e “Mon Amour, Meu Bem, Ma Famme”. Grandes parceiros como Petrúcio Amorim e Nando Cordel também estão presentes, mas composições musicais. Genival Lacerda, outra referência, também é convidado e sobe ao palco.
Antenada, a artista ainda canta com quem está em destaque na cena musical local: além da composição de Lia Sophia que já se tornou clássico nos ouvidos pernambucanos, “Ai menina” (em ritmo de forró), ela ainda canta com o trio Priscila Senna, Elvis Pires e Carla Alves um tributo a Reginaldo Rossi – “É ótimo poder cantar com os meninos do brega algo diferente do habitual deles, bem como com Lia Sophia que traz um ritmo novo para mim, o carimbó, enquanto eu ofereço a ela o forró. É uma boa troca para todos. E assim vamos somando mais qualidade artística ao trabalho”, defende.
NOVOS RITMOS – além do contato com carimbó e o brega, a artista pretende, ainda em 2018, experimentar intervenções de hip hop e música eletrônica no forró. “Este é um projeto fruto de relação com o Cais do Sertão, que promoveu um evento em fevereiro com esta temática e o resultado ficou incrível. Ainda não posso falar muito mas posso dizer apenas que será incrível”, destaca. A cantora ainda quer voltar a cantar Núbia Lafayette, reeditando o projeto de sucesso apresentado no Janeiro de Grandes Espetáculos de 2017: “Fui criada ouvindo rádio e estas grandes vozes de antigamente. Especialmente Núbia Lafayette, que influenciou tanta gente boa como Alcione e Elymar Santos. Este é um projeto que merece sempre voltar”, defende.
SÃO JOÃO – preparando-se para a maratona de São João, a artista celebra os frutos de sua coerência artística: além de três indicações ao Prêmio da Música de Pernambuco (Cantora de forró, DVD e Disco de Frevo), ela será coroada Dama do Cais do Sertão, um título que vem para consolidar a cantora como uma das expoentes não apenas nos ritmos nordestinos mas da cultura nordestina em geral –“fiquei muito honrada com a notícia. É uma responsabilidade que quero carregar com todo empenho”, afirma. Empenho, aliás, é o que não falta nos próximos projetos da artista: ela deseja criar um grupo de artistas que pretende dialogar com governos municipais e estaduais a respeito de mais investimento em artistas regionais. “A gente sabe o papel dos artistas de massa nas estratégias de ações feitas por órgãos públicos, mas é fundamental um equilíbrio, para que novas gerações nos conheçam; todos têm seu valor, precisamos delimitar bem isso”, destaca.
Cheia de projetos, a cantora celebra o lançamento do novo trabalho, que tem roteiro do jornalista Cleodon Coelho, direção geral de Saulo Gouveia, e direção musical de Luciano Magno.
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