Do lado de fora da sede da Adagro, os funcionários orientam quem busca atendimento no local. Uma das funções da agência é inspecionar produtos vendidos no Centro de Abastecimento e Logística de Pernambuco (Ceasa). Sem fiscalização, os produtores não podem sair com a carga da empresa ou vender a clientes de dentro ou fora do país.
De acordo com o presidente do Sindicato dos Servidores da Adagro (Sindagro), Lucíolo Gallindo, a categoria contabiliza uma perda salarial de cerca de 30% por causa da falta de reajustes na remuneração dos trabalhadores da agência.
“Estamos há mais de quatro anos sem aumento salarial. Não houve sequer uma correção nesse período. Isso é muito grave. Além disso, estamos pleiteando questões de melhoria do trabalho, de atendimento às questões urgentes de condições trabalhistas que passamos”, explica.
Os técnicos da Adagro emitem documentos obrigatórios para o transporte de animais e vegetais. A exportação de frutas produzidas no Sertão é impactada diretamente pela greve. De acordo com a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), o setor movimentou mais de 40 milhões de dólares em 2017.
O transporte de animais para exposições e abate também foi afetado por conta da greve. Segundo a Adagro, apenas no abatedouro de Paulista, no Grande Recife, o abate de bovinos caiu pela metade e o de caprinos parou.
Em nota, a Secretaria de Agricultura de Pernambuco informou que acompanha as negociações entre os funcionários da Adagro e a Secretaria de Administração de Pernambuco (SAD). O G1 entrou em contato com a SAD e aguarda resposta.
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