quarta-feira, abril 04, 2018

Prefeito e agentes públicos, acusados de desviar recursos da Prefeitura de Catende (PE), são afastados

Oito mandados de busca e apreensão foram expedidos na Operação Gênesis
Foto: Divulgação/MPPE

O Ministério Público de Pernambuco (MPPE), Polícia Civil e Polícia Militar realizam em Catende, na manhã desta quarta-feira (4), a terceira etapa da Operação Gênesis. No total, foram mobilizados 32 policiais e dez integrantes do MPPE para cumprir oito mandados de busca e apreensão, além do afastamento do cargo do prefeito Josibias Cavalcanti; do secretário de Governo Alexandre Cavalcanti, que é filho dele; e de outros seis servidores públicos municipais. Além de serem impedidos de desempenharem suas funções, os alvos da operação também foram proibidos pela Justiça de adentrar as dependências da Prefeitura, sob pena de multa de R$ 5 mil por dia em caso de descumprimento. Por fim, o MPPE obteve ainda a indisponibilidade judicial dos veículos registrados em nome dos investigados.

Os indícios de atos de improbidade que sustentaram o pedido de afastamento do prefeito e demais agentes públicos foram obtidos mediante a apreensão e análise de documentos nas etapas anteriores da Operação Gênesis, capitaneada pelo Grupo de Apoio Especializado de Combate ao Crime Organizado (Gaeco/MPPE). Dessa forma, foram comprovadas práticas como fraudes em licitações, vendas de notas fiscais, contratação de empresas laranjas e malversação de recursos públicos. Segundo informações preliminares, o grupo criminoso era liderado por Alexandre Cavalcanti, com a conivência de seu pai, o prefeito Josibias Cavalcanti.


Também exerciam papel de destaque a presidente da Comissão Permanente de Licitação de Catende, Silvana de Melo, que combinava acertos financeiros com donos de empresas de fachada. Em paralelo ao afastamento do prefeito, foram oficialmente notificados o vice-prefeito e a Câmara de Vereadores de Catende para proceder à realização de sessão extraordinária da casa, a fim de que o vice-prefeito assuma o Poder Executivo municipal. “É importante ressaltar que as investigações criminais decorrentes de todas as provas obtidas nas etapas da Operação Gênesis encontram-se em andamento”, complementou o promotor de Justiça Frederico Magalhães, integrante do Gaeco.

Por Diário de Pernambuco

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