Segundo o site Notícias da TV, o e-mail foi disparado horas depois de vazar nas redes sociais um conjunto de áudios em que o jornalista Chico Pinheiro, apresentador do Bom Dia Brasil, faz uma apaixonada defesa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, preso no último sábado por corrupção passiva.
“Realizaram o fetiche. O fetiche deles era Lula na cadeia. Não foi feito do jeito que eles queriam, mas o Lula foi. E agora? O que vão fazer agora? Como é que fica? Qual é o próximo passo? Que o Lula tenha calma e sabedoria, inspiração divina para ficar quieto onde ele está”, teria dito Pinheiro em um dos áudios, publicado em um grupo fechado no WhatsApp no domingo, do qual participam jornalistas, intelectuais e políticos de esquerda (8).
Pinheiro ataca ainda, indiretamente, o juiz Sérgio Moro, que determinou a prisão de Lula: “A direita está louca. Os coxinhas estão perdidos”.
Ainda que não cite o jornalista, o e-mail de Ali Kamel é uma clara resposta à repercussão das falas do âncora, pois o diretor-geral de Jornalismo da Globo faz referência ao vazamento dos áudios.
“Não se pode expressar essas preferências publicamente nas redes sociais, mesmo aquelas voltadas para grupos de supostos amigos”, ensina Kamel, porque, “uma vez que se tornem públicas pela ação de um desses amigos, é impossível que os espectadores acreditem que tais preferências não contaminam o próprio trabalho jornalístico, que deve ser correto e isento”.
Kamel alerta que essa “contaminação” compromete o trabalho do jornalista em uma eleição (como Chico Pinheiro irá entrevistar um candidato da direita agora?) e prejudica a Globo. “O dano está feito”, escreve.
IstoÉ
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