O ato em Curitiba marca uma mudança de rumo na relação entre as duas entidades, cujo racha se aprofundou em 2016, quando a Força fez campanha a favor do impeachment de Dilma, e a CUT usou seu ato como foco de resistência para a ex-presidente. Os dois grupos se reaproximaram após a chegada de Temer à Presidência. Junto com as outras centrais sindicais, como a União Geral dos Trabalhadores (UGT) e a Central de Trabalhadores e Trabalhadores do Brasil (CTB), protestaram tanto contra a reforma trabalhista, que foi aprovada, como a da Previdência, que esbarrou na falta de votos no Congresso Nacional.
Em Curitiba, é esperada a presença de todos os presidentes das centrais sindicais durante a tarde. Apesar da diferenças ideológicas que persistem, todos devem defender a liberdade para o ex-presidente Lula. Além da unidade contra as reformas propostas pelo atual governo, o fato de que Lula foi sindicalista é apontado como outro motivo para a organização de um ato único. Presidenciáveis como Guilherme Boulos e Manuela D’Ávila também devem marcar presença, além de outras lideranças do PT.
Organizadores ligados à CUT admitem que, pela primeira vez, o principal foco da entidade no Dia do Trabalho não será o ato em São Paulo, mas o de Curitiba. Há a expectativa pela chegada de caravanas vindas das regiões Norte e Nordeste. A atenção para o ato de Curitiba é tão grande que a central não realizará celebração do primeiro de maio em Santa Catarina para levar seus integrantes para o estado vizinho. O mesmo acontecerá com os municípios do Paraná.
O Globo
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