Marielle Franco, vereadora eleita pelo PSOL (Foto: Márcia Foletto/Agência O Globo)
Local onde Marielle foi morta (Foto: Luã Marinatto)
A vereadora Marielle Franco (PSOL) foi assassinada a tiros na noite desta quarta-feira, por volta das 21h30m, na Rua Joaquim Palhares, no Estácio. O motorista que estava com ela também foi morto na ação. Ela também estava acompanhada de uma assessora, que sobreviveu. Marielle estava indo para casa na Tijuca quando foi morta.
A Polícia Civil recolheu pelo menos oito cápsulas no local. Segundo a Polícia Militar, um carro teria emparelhado e os ocupantes abriram fogo, fugindo em seguida. A janela à direita no banco de trás, onde estava Marielle, ficou estilhaçada com os tiros.
A morte de Marielle foi confirmada pelo vereador Tarcísio Motta (PSOL) pouco depois das 21h30. Segundo informaões do 4º BPM (São Cristovão), agentes da unidade foram acionados para uma ocorrência de roubo de carro com morte na esquina das ruas Joaquim Palhares com João Paulo I, no Estácio. A divisão de homicídios está no local. O deputado estadual Marcelo Freixo está no local.
— Estamos tão atordoados quanto vocês. Não sabemos o que aconteceu. Ela estava em um evento na Lapa, vi transmissão ao vivo — disse o vereador Tarcísio Motta.
Marielle tinha acabado de sair de um evento chamado "Jovens Negras Movendo as Estruturas", realizado na Rua dos Inválidos, na Lapa. Ela foi a quinta vereadora mais votada do Rio nas eleições de 2016.
— Eu tava subindo a escada da estação quando ouvi os tiros. Por poucos segundos não fiquei em meio ao fogo cruzado. Ouvi muito tiros e quando saí da estação três moças me disseram que viram o carro branco em que Marielle estava sendo perseguido por outro. As pessoas estavam na praça vendo em choque. As pessoas estavam em volta. No momento nao tinha policiais. Eu acredito que os bandidos saíram muito rápido — disse uma testemunha que estava no local.
A ativista e escritora Ana Paula Lisboa passou boa parte da noite com Marielle. Ela contou que o encontro terminou por volta das 21h, elas se despediram e, pouco tempo depois, chegou a notícia do crime.
— Ela sempre termina os eventos até as 21h para garantir a segurança das pessoas, muitas vão para a Zona Oeste, lugares mais distantes. Hoje mesmo ela falou isso — disse a escritora, que é colunista do GLOBO.
Segundo Ana Paula, as duas se conhecem há anos do Complexo da Maré e, desde a campanha de Marielle para a Câmara, as duas se aproximaram ainda mais:
— Ela sempre disse que o mandato não seria dela, seria coletivo. E era o que fazia. Hoje estávamos num evento dentro da programação dos 21 dias de ativismo contra o racismo.
MESTRADO SOBRE UPP
A vereadora se formou pela PUC-Rio, e fez um mestrado em Administração Pública pela Universidade Federal Fluminense (UFF), com o tema: “UPP: a redução da favela a três letras”.
Marielle trabalhou em organizões como a Brasil Foundation e o Centro de Ações Solidárias da Maré (Ceasm). Coordenou a Comissão de Defesa dos Direitos Humanos e Cidadania da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj), ao lado de Marcelo Freixo.
Em 2005, uma de suas amigas mais próximas morreu, vítima de bala perdida, durante um tiroteio entre policiais e traficantes na Maré. O episódio impulsionou seu engajamento na defesa dos direitos humanos e contra ações violentas nas favelas.
Um ano depois, ela fez campanha para Marcelo Freixo se tornar deputado estadual e, desde então, é sua assessora parlamentar. Na Zona Sul, Marielle esteve entre os cinco candidatos mais votados em quase todos os bairros (no Jardim Botânico, foi a segunda). Na zona eleitoral da Maré, foi a quinta.
A Polícia Civil recolheu pelo menos oito cápsulas no local. Segundo a Polícia Militar, um carro teria emparelhado e os ocupantes abriram fogo, fugindo em seguida. A janela à direita no banco de trás, onde estava Marielle, ficou estilhaçada com os tiros.
A morte de Marielle foi confirmada pelo vereador Tarcísio Motta (PSOL) pouco depois das 21h30. Segundo informaões do 4º BPM (São Cristovão), agentes da unidade foram acionados para uma ocorrência de roubo de carro com morte na esquina das ruas Joaquim Palhares com João Paulo I, no Estácio. A divisão de homicídios está no local. O deputado estadual Marcelo Freixo está no local.
— Estamos tão atordoados quanto vocês. Não sabemos o que aconteceu. Ela estava em um evento na Lapa, vi transmissão ao vivo — disse o vereador Tarcísio Motta.
Marielle tinha acabado de sair de um evento chamado "Jovens Negras Movendo as Estruturas", realizado na Rua dos Inválidos, na Lapa. Ela foi a quinta vereadora mais votada do Rio nas eleições de 2016.
— Eu tava subindo a escada da estação quando ouvi os tiros. Por poucos segundos não fiquei em meio ao fogo cruzado. Ouvi muito tiros e quando saí da estação três moças me disseram que viram o carro branco em que Marielle estava sendo perseguido por outro. As pessoas estavam na praça vendo em choque. As pessoas estavam em volta. No momento nao tinha policiais. Eu acredito que os bandidos saíram muito rápido — disse uma testemunha que estava no local.
A ativista e escritora Ana Paula Lisboa passou boa parte da noite com Marielle. Ela contou que o encontro terminou por volta das 21h, elas se despediram e, pouco tempo depois, chegou a notícia do crime.
— Ela sempre termina os eventos até as 21h para garantir a segurança das pessoas, muitas vão para a Zona Oeste, lugares mais distantes. Hoje mesmo ela falou isso — disse a escritora, que é colunista do GLOBO.
Segundo Ana Paula, as duas se conhecem há anos do Complexo da Maré e, desde a campanha de Marielle para a Câmara, as duas se aproximaram ainda mais:
— Ela sempre disse que o mandato não seria dela, seria coletivo. E era o que fazia. Hoje estávamos num evento dentro da programação dos 21 dias de ativismo contra o racismo.
MESTRADO SOBRE UPP
A vereadora se formou pela PUC-Rio, e fez um mestrado em Administração Pública pela Universidade Federal Fluminense (UFF), com o tema: “UPP: a redução da favela a três letras”.
Marielle trabalhou em organizões como a Brasil Foundation e o Centro de Ações Solidárias da Maré (Ceasm). Coordenou a Comissão de Defesa dos Direitos Humanos e Cidadania da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj), ao lado de Marcelo Freixo.
Em 2005, uma de suas amigas mais próximas morreu, vítima de bala perdida, durante um tiroteio entre policiais e traficantes na Maré. O episódio impulsionou seu engajamento na defesa dos direitos humanos e contra ações violentas nas favelas.
Um ano depois, ela fez campanha para Marcelo Freixo se tornar deputado estadual e, desde então, é sua assessora parlamentar. Na Zona Sul, Marielle esteve entre os cinco candidatos mais votados em quase todos os bairros (no Jardim Botânico, foi a segunda). Na zona eleitoral da Maré, foi a quinta.
O Globo
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