A estratégia traçada pelo MDB prevê a construção de uma candidatura única ao governo do Estado, isolando Paulo Câmara, que disputará novo mandato.
Destituído do comando do MDB no Estado, o vice-governador de Pernambuco, Raul Henry, disse que recorrerá da decisão ao Supremo Tribunal Federal (STF) e até ao plenário do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
"O que está acontecendo aqui é um processo vergonhoso, conduzido de forma indecente pelo senador Romero Jucá", afirmou Henry, em referência ao presidente nacional do MDB e líder do governo no Senado. "É um tratoramento, uma arbitrariedade."
Desde o fim de 2017 o grupo de Jarbas e Henry disputa, até mesmo com ações na Justiça, o controle do MDB com Fernando Bezerra Coelho, que era do PSB. Para intervir no diretório, a cúpula nacional do MDB alegou que a seção pernambucana do partido faz oposição ao governo de Michel Temer ao apoiar a candidatura de Paulo Câmara à reeleição.
"Entre uma candidatura própria do PSB e outra do MDB, é claro que nós optamos pelo MDB", disse Jucá. "Todo o resto é choro de perdedor. A temperatura subiu e houve quebra de diálogo."
Bezerra Coelho saiu sorridente da reunião da Executiva. "Agradeço a confiança do MDB para, a partir desse momento, liderar um processo de arregimentação de quadros com vistas à disputa que se avizinha, fortalecendo o partido", argumentou o senador. "Vamos deixar as feridas cicatrizarem". A comissão provisória do MDB de Pernambuco, dirigida por Bezerra Coelho, terá 90 dias para organizar a legenda no Estado.
A estratégia traçada pelo MDB prevê a construção de uma candidatura única ao governo do Estado, isolando Paulo Câmara, que disputará novo mandato. A ideia é reunir nessa frente o PSDB o DEM e até o PTB.
AE/Diário de Pernambuco
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