terça-feira, março 20, 2018

PSDB oficializa pré-candidatura de Geraldo Alckmin à Presidência da República

O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), durante pré-candidatura à Presidência da República (Foto: Fernanda Calgaro/ G1)

O PSDB oficializou nesta terça-feira (20) a pré-candidatura do governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, à Presidência da República.

A confirmação do nome dele já era esperada, e o anúncio foi feito após reunião da Executiva Nacional na sede do partido, em Brasília.

"Fizemos a reunião da Executiva Nacional do partido para um conjunto de deliberações e, entre elas, esgotado o prazo para as prévias do partido e sendo o único inscrito, então a Executiva deliberou que seremos o candidato com grande responsabilidade e enorme amor à causa pública. Não estamos lançando candidatura, mas, definido o candidato, vamos trabalhar com grande empenho", afirmou Alckmin.


Ele confirmou que planeja deixar o comando do governo paulista no dia 6 de abril, prazo máximo para a desincompatibilização a fim de disputar a eleição, que será em outubro. O registro oficial dos candidatos será em agosto.


"A partir do dia 7, pretendo percorrer o Brasil do Oiapoque ao Chuí ou, mais modernamente, do Monte Roraima até o Chuí", disse, acrescentando que a campanha será de "resistência" e "curta", com 45 dias de duração.

O tucano não quis adiantar com quais legendas poderá formar aliança nem quem será o seu vice. "Nós temos vários partidos, uma conversa bastante adiantada, mas isso não será neste momento, será mais à frente, mais próximo das convenções", declarou.

Em relação ao cenário eleitoral fragmentado, com diversas pré-candidaturas no mesmo espectro político, Alckmin ponderou que deverá "afunilar" até as convenções partidárias em julho.

"O fato de termos muitas candidaturas é resultado de termos um quadro multipartidário. As convenções só serão em julho. Acho que o tempo vai afunilando", disse.

Promessas

Alckmin listou uma série de medidas que, se eleito, pretende levar adiante no seu primeiro ano de governo, como as reformas da Previdência, tributária, política e de estado.

"Reforma tem que ser feita no primeiro ano de mandato. Quem for eleito presidente da República terá mais de 60 milhões de votos. A legitimidade é muito grande", disse.

Uma das propostas dele é mudar a remuneração dos recursos do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS), que, nos últimos anos, apresentou baixo rendimento em relação a outras aplicações.


Segundo Alckmin, a ideia dele é que o dinheiro do FGTS passe a ser corrigido pela inflação mais uma taxa, que poderia ser a Taxa de Longo Prazo (TLP), mais rentável.

“Que seja sempre o rendimento acima da inflação, inflação mais o ganho. [...] O trabalhador tem sido espoliado ao longo do tempo”, afirmou.

Ele também citou como prioridade a questão da segurança pública e maior controle nas fronteiras.

Prévias

Presidente nacional da legenda, Alckmin foi o único inscrito nas prévias internas após vencer disputas dentro da legenda.

O nome dele enfrentava resistência de alguns setores do partido. O prefeito de Manaus, Arthur Virgílio, por exemplo, insistia nas prévias com mais candidatos.

Outra dificuldade que precisou ser superada foi a disputa eleitoral paulista. Alckmin queria que o vice-governador de São Paulo, Márcio França, do PSB, fosse candidato a sua sucessão no estado.

No entanto, o posto também é almejado pelo prefeito de São Paulo, João Doria, que venceu as prévias do PSDB no domingo e será o candidato oficial do partido ao governo do estado.

Questionado se poderia subir no palanque de ambos, Alckmin disse não ver problemas: "Ué, qual o problema? Apoio é ótimo", afirmou.

O PSDB fez parte da base aliada do governo e já ocupou quatro ministérios, mas hoje detém apenas o de Relações Exteriores, comandado pelo senador Aloysio Nunes Ferreira (SP), considerado da cota pessoal de Temer.

G1 DF

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