Corpo foi encontrado carbonizado dentro da mala de veículo
O exame foi realizado pelo perito criminal Marek Henryque Ferreira Ekert, especialista em perícia e genética forense, mestre em ciências biológicas e doutor em biologia aplicada à saúde. Ele informou ter recebido dois arcos costais e um fragmento de tecido cardíaco retirados do cadáver não identificado, comparando-os com o material genético coletado em swabs contendo secreção da mucosa bucal das supostas mãe e irmã da vitima.
"Devido ao alto grau de carbonização, foi bem difícil extrair o material genético para o exame. Foram necessárias várias tentativas para se conseguir o DNA que foi comparado com a amostra da suposta mãe, devido à relação genética direta", explicou o perito criminal.
As amostras do material genético extraído foram submetidas, por meio da reação em cadeia do polimerase (enzima que sintetiza moléculas de DNA), à amplificação do DNA. Posteriormente, fez-se a eletroforese - técnica usada para separar fragmentos de DNA - capilar no sequenciador genético.
"Neste caso, foi necessário empenho e tempo maiores, no intuito de tentar fazer a extração do DNA, devido às condições da amostra recebida. Mas o exame deu uma resposta de forma elucidativa e altamente confiável, dando-nos a certeza de que realmente os restos mortais são da vítima", afirmou o doutor Marek Henryque.
O laudo completo foi encaminhado para o IML de Arapiraca, onde estão guardados os restos mortais da vítima, após exame cadavérico. Os materiais biológicos encaminhados e não utilizados nos exames ficarão arquivados para contra-perícia, em conformidade com a legislação brasileira.
Por: Gazeta Web
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