sábado, fevereiro 10, 2018

Pastor é denunciado por matar e ocultar o corpo de pastora

Ailsa Regina Gonzaga, de 40 anos, foi morta próximo a cachoeira em Aragoiânia (Foto: TV Anhanguera/Reprodução)
Ailsa Regina Gonzaga, de 40 anos, foi morta próximo a cachoeira em Aragoiânia (Foto: TV Anhanguera/Reprodução)

O promotor de Justiça Marcelo Franco de Assis Costa, que assina a denúncia, destacou no documento que as condições em que o assassinato foi cometido comprovam “o desprezo do denunciado pela condição do sexo feminino, inclusive a violência em contexto amoroso familiar”.

Ailsa foi vista pela última vez em 8 de novembro de 2017, quando saiu de casa para alugar um imóvel, em Goiânia. Na ocasião, ela deixou os dois filhos, de 15 e 11 anos, na residência e não voltou mais.

Quase dois meses depois, em 28 de dezembro, o pastor foi preso na casa em que morava, em Águas Claras (DF). Ele confessou o crime e revelou que havia deixado o corpo da vítima na zona rural de Aragoiânia, na Região Metropolitana de Goiânia.

Pereira concluiu que Silva saiu da casa onde morava com a esposa decidido a matar Ailsa porque achava que ela poderia denunciá-lo à polícia por ele ser foragido da Justiça. O pastor já respondia por um latrocínio - que é o roubo com resultado morte - cometido em Itumbiara, região sul de Goiás.


"Ele disse para a atual mulher dele: ‘Vou lá me vingar, matar aquela pessoa [pastora]’. Quando voltou, ele disse: ‘Me vinguei’. Ele tinha ódio da pastora", explicou o delegado na época em que o pastor foi preso.

De acordo com a investigação, quando o acusado chegou à capital goiana, ele convenceu Ailsa a sair com ele para alugar um imóvel. No entanto, eles acabaram indo para o Recanto Cachoeirinha, na zona rural de Aragoiânia, onde a pastora foi esfaqueada. Em seguida, Silva ocultou o corpo de Ailsa na mata, cobrindo-o com folhas, e fugiu.

Pastor nega ter premeditado

Após ser preso, o pastor negou durante entrevista coletiva que saiu do Distrito Federal para Goiás para matar Ailsa. Segundo Silva, ele viajou até a capital goiana porque a pastora o convidou para pregar, pois ainda eram amigos. O suspeito disse que estava na casa da vítima e ela o convidou para ir até a cachoeira para "espairecer".

O pastor alegou ainda que cometeu o crime após uma discussão porque a vítima queria reatar um relacionamento antigo entre eles. O homem afirmou que era “perseguido” e que reagiu porque a mulher tentou matá-lo antes.

"Ela ficava me perseguindo, também me denunciava para a polícia porque era foragido. No dia que a matei, ela entrou no assunto que tinha de viver com ela, falei que não gostava mais dela, e ela tentou me golpear", declarou o pastor.

Silva ainda alega que foi ferido por Ailsa: "Houve a discussão e, quando disse que ia embora, ela me esfaqueou, e me defendi. Dei só uma facada. Estou errado, admito, estou chateado por tudo". No entanto, para o delegado, o suspeito se feriu durante a briga foi porque a pastora tentou se defender e não porque ela o atacou anteriormente.

Por: G1 GO

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