Na lista dos cursos oferecidos, estão Segurança Cibernética, Inteligência Artificial e Robótica.
Entrar no mercado de trabalho nem sempre é fácil, ainda mais acima dos 30, 40 ou 50 anos. O que muita gente não sabe é que ainda há vagas de trabalho para todas as idades – o que falta é mão de obra especializada. A constatação, do último Mapa do Trabalho Industrial, mostra que a indústria ainda precisa de profissionais de nível técnico. Até 2020, o setor vai precisar de 13 milhões de pessoas qualificadas para ocupar essas vagas.
Segundo o Mapa, a região Sudeste é a que mais vai demandar profissionais técnicos para vagas na indústria, com mais de 6,7 milhões de postos. Em 2016, data do último Censo Escolar da Educação Básica, do Ministério da Educação (MEC), mais de 1,8 milhão de pessoas estavam matriculadas na educação profissional em todo o Brasil. No Sudeste, eram 817 mil matrículas, sendo 311 mil de pessoas com 25 anos ou mais, como é o caso de José Alves de Araújo, de 40 anos. No ano passado, o morador de Realengo, na Zona Norte do Rio de Janeiro, terminou o curso superior em Logística e não perdeu tempo, partiu para um curso técnico.
“Minha vontade era fazer o curso técnico antes da faculdade. Porém, não tinha muita certeza de qual curso técnico queria fazer. Acabei topando com a parte de logística, fui pesquisar mais e acabei gostando do que vi”, diz. Segundo o estudante de educação profissional, a parte prática foi a que mais o atraiu. “Como fiz meu curso superior à distância, com o técnico posso vislumbrar mais a parte prática. Uma parte muito interessante é fazer visitas técnicas em outras empresas, isso é muito positivo”, avalia José.
Indústria 4.0
O diretor nacional de Operações do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai), Gustavo Leal, comenta que existe uma preocupação em requalificar as pessoas que já estão no mercado de trabalho, a fim de que elas lidem com a chamada Indústria 4.0. “A Indústria 4.0 se apropria das novas tecnologias de base digital e, com isso, há uma profunda mudança na forma da produção das coisas.” Gustavo explica que esse conceito vai gerar uma transformação, em que pessoas e máquinas terão que colaborar entre si. “Talvez o desafio seja a capacidade que o Brasil venha a desenvolver de formar as pessoas com perfil de competências adequadas para esse novo patamar tecnológico.”
Em 2018, segundo ele, o Senai vai investir nesse segmento e também na requalificação de pessoas acima dos 30, 40 anos. Serão 11 cursos de curta duração. A duração varia entre 20h e 40h, sendo a maioria presencial. “São cursos voltados para aquelas pessoas que já estão trabalhando e precisam entender esse novo mundo. O grande objetivo é desmistificar e tirar o medo desse novo mundo que está chegando, pois quando você começa a entender e adquirir conhecimento, o receio diminui”, avisa Leal.
Na lista dos cursos oferecidos, estão Segurança Cibernética, Inteligência Artificial e Robótica.
Agência do Rádio Mais
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