O piso passou de R$ 2.298,80 para R$ 2.455,35 - Foto: Divulgação
Para as entidades representativas, embora o percentual esteja dentro do que a lei determina, não ajuda a cumprir a meta 17 do Plano Nacional de Educação (PNE), que estabelece que até 2020 o salário médio dos professores deve ser equiparado com o de outras profissões. “Esse percentual é muito baixo para alcançar a meta 17. Só temos dois anos para conseguir. A meta 17 só vai virar realidade se em 2019 houver um reajuste bem maior”, afirmou o presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação, Heleno Araújo. Já o ministro da Educação, Mendonça Filho, ressaltou que “este é o segundo ano consecutivo em que o piso é reajustado com valor real acima da inflação (2,8%, segundo o INPC), o que é muito bom para a categoria.”
Professora da rede estadual há sete anos e da cidade do Cabo de Santo Agostinho, no Grande Recife, há 33, Aldamare Santos, 51, lembrou que o reajuste de 2017 foi maior do que o deste ano. “Ao invés de aumentar, vem diminuindo. Ano passado, recebemos 7,64%. A gente nem sente no bolso”, comentou.
MUNICÍPIOS
O secretário-geral da Confederação Nacional dos Municípios (CNM), Eduardo Tabosa, diz que os municípios, hoje têm dificuldade de pagar o piso anterior e não sabe se o reajuste vai ser possível para alguns. “Prefeito não é contra pagar salário bom a professor. Mas os municípios gastam cerca de 80% dos recursos para educação com pagamento dos docentes, não sobra para investir. As escolas estão em péssimo estado de conservação. Não representa melhoria de qualidade.”
JC Online
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