O pré-candidato a governador afirma que a eleição ao Governo do Estado este ano terá três palanques principais: o deles, o do PT e o da Frente Popular, liderado pelo PSB. Além de FBC, o bloco oposicionista é liderado pelo senador Armando Monteiro (PTB), que também é pré-candidato a governador. A escolha do nome que concorrerá representado a oposição deve ser definido em abril (Reprodução Facebook)
O senador Fernando Bezerra Coelho (MDB) afirmou, no último sábado (27), que está pronto para disputar o comando da gestão estadual nas eleições em outubro liderando a chapa que será montada pela frente “Pernambuco quer mudar”, composta por sete partidos de oposição a Paulo Câmara (PSB) e dissidentes emedebistas. Apesar da disposição, o senador tem um agravante, ainda não conquistou a direção estadual do MDB e não pode bancar a oficialização de uma candidatura.
“Eu me preparei, estou pronto, se for escalado serei o mais animado de todos, mas se for escalado para ir ao lado daquele que vai liderar, irei com a mesma determinação”, afirmou durante um ato que aconteceu em Petrolina, no Sertão, com lideranças que integram o bloco oposicionista. “Sou bom de faro, disputei nove eleições de governadores e estive ao lado do vitorioso sete vezes, estou sentindo aqui cheiro de vitória e de mudança que vai se consolidar em todo Pernambuco”, acrescentou o senador.
Fazendo um panorama da conjuntura política no estado, Bezerra Coelho disse que alguns “teimam em dividir em esquerda e direita”, o que, na avaliação dele, “é ultrapassado e vencido”. “Hoje o que importa não é esquerda e direita é o certo e o errado, as práticas certas e as equivocadas. O que o povo quer é resultado, somos um país muito desigual. Somos um estado dentro do Nordeste, que é a região mais pobre do Brasil, temos muitos desafios a superar”, explanou.
Além disso, o pré-candidato a governador alegou que a expectativa é de que o pleito pelo Governo do Estado terá três palanques principais, o deles, o do PT e da Frente Popular que é liderado pelo PSB. Os dois últimos, sob a ótica do parlamentar, terão que dar “muitas explicações” aos eleitores.
“A política tem que ser feita com ações certas e evitar os erros, os debates preconceituosos. Acho que estamos caminhando para assistir a montagem de três frentes políticas, uma delas vai ter que explicar porque mergulhou o Brasil na maior recessão da sua história, desempregou 14 milhões de brasileiros e quebrou as finanças públicas do Brasil o outro vai ter que se justificar, porque não honrou com os compromissos assumidos”, destrinchou, citando que Paulo Câmara prometeu a construção de um Hospital da Mulher para Petrolina, mas em três anos de gestão “se quer tem projeto”.
Apesar de também já ter composto o governo do PSB, Fernando Bezerra também questionou o ajuste fiscal operado pela gestão e chamou de “balela”. “É mentira, o pior ajuste fiscal do Brasil é o de Pernambuco. Hoje temos mais de R$ 2 bilhões de dívidas em aberto”, observou.
Já sobre o palanque que está sendo montado pelos partidos aliados a ele, o senador disse que busca a “unidade em favor de Pernambuco”. “Estamos aqui assumindo o compromisso que vamos resgatar a auto estima dos pernambucanos. No início de abril esta frente vai escolher o seu candidato a governador, estaremos absolutamente unidos. Todos que estão aqui tem experiência e luta para liderar este momento importante que Pernambuco vive”, concluiu.
Além de Fernando Bezerra, o bloco de oposicionista é liderado pelo senador Armando Monteiro (PTB), que também é pré-candidato a governador; os ministros Fernando Filho (Minas e Energia) e Mendonça Filho (Educação); o deputado federal Bruno Araújo (PSDB); e os ex-governadores João Lyra Neto (PSDB) e Joaquim Francisco (PSDB).
O encontro em Petrolina foi o segundo de grande porte reunindo a frente, que é composta por PTB, DEM, Podemos, PV, PRTB, PRB e PSDB, além de dissidentes do MDB. O primeiro foi no Recife, para o lançamento do grupo que prega o desejo de desbancar a hegemonia do PSB à frente do Estado. O próximo ato político do grupo está previsto para acontecer no dia 3 de março, em Caruaru, no Agreste.
Por Giselly Santos/Leia Já
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