Petrolina tem buscado a inovação. Nossa cidade instituiu uma parceria inédita com o Banco do Nordeste que limpou o nome de centenas de famílias da zona rural, modelo inclusive que foi replicado em todas as regiões do País. Também foi buscado na união com a iniciativa privada uma nova forma de relacionamento. Seja na revitalização e manutenção das nossas praças; No cuidado com a obesidade infantil, que com apoio de uma multinacional, estamos implementando hortas e conscientização nutricional em todas as unidades de educação infantil envolvendo mais de 30 mil pessoas.
Entretanto, nossa vontade de crescer e manter a dianteira no Estado na geração de emprego é gigantesca, por isso precisamos fazer ainda mais. Iniciamos 2018 com uma ousada ação. Instituímos o regulamento de todo o processo de PMI (Procedimento de Manifestação de Interesse) para que possamos atender aos requisitos legais para os novos projetos e Parcerias Público-Privadas que levarão o nome de Petrolina para o topo da inovação e eficiência da gestão. Atitude essa que tem gerado um certo desconforto para algumas pessoas, e que nos leva a questionar quais as reais razões para tal.
Uma das áreas em que pretendemos instituir uma inovadora PPP é nos serviços abastecimento de água e saneamento básico. Desde 1975, a Compesa detém essa concessão. Em 2007, um novo acordo foi assinado para que o Governo do Estado realizasse um programa de metas, dentre as quais: 1) Atingir 98% de água tratada de uma forma geral na cidade até 2011; 2) recuperar completamente o sistema existente de saneamento; 3) implantar a bacia central de tratamento de esgoto até 2008; 4) Implantar o saneamento dos bairros Dom Avelar, Santa Luzia, Fernando Idalino, Jardim Petrópolis entre outros até 2009.
Depois de 10 anos, contudo, a Compesa não honrou essas metas. Chegamos ao começo de 2018 com Petrolina atendida em apenas 63% com esgotamento sanitário; Mais: pelos números fornecidos pela Compesa, 72% da cidade tem abastecimento, 72% da cidade, ou seja, bem distante dos 98% pactuados. Não bastasse isso, o próprio Estado, que detém a concessão, foi recentemente multado pela Agência de Meio Ambiente de Petrolina em mais de R$ 28 milhões por despejar detritos do presídio estadual direto no Rio São Francisco.
Apesar de na gestão passada a Compesa ter trabalhado por força de liminar, tentamos o caminho da conciliação por um ano. Mesmo com o STF decidindo derrubar essa liminar, e com o direito ao nosso lado, escolhemos em 2017 o caminho do diálogo para poder chegar a um novo contrato que fosse bom para os dois lados. Ocorre que a última proposta feita pela Prefeitura, no mês de setembro, só foi respondida agora, quatro meses depois. Isso de pronto já deixa uma mensagem muito clara, ou Petrolina não é prioridade para a empresa, ou esqueceram da cidade de setembro para cá.
A nossa gestão busca apenas um serviço de qualidade, um contrato que seja justo com a nossa população. Queremos que as pessoas possam ter confiança nos serviços de abastecimento e esgoto, e com isso, alcançar melhorias nas suas vidas. O chamamento que o município inicia é aberto para todos, queremos a melhor proposta com o melhor serviço, independente de quem seja o vencedor. Portanto, é, mínimo, controverso a Compesa querer criticar nossa posição inovadora e ainda falar em privatização, quando a mesma foi a primeira a firmar esse tipo de modelo no setor em Pernambuco através de uma PPP da região metropolitana no valor superior a R$ 4 bilhões em 2013. Mas esse jogo político não é o que interessa ao povo. Gestão se faz com compromisso e fatos, e não com palavras soltas, visando ludibriar a opinião pública. Por isso, vamos seguir em frente, buscando modernizar e melhorar o serviço público, doa a quem doer.
Miguel Coelho – Prefeito de Petrolina
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