Além disso, o plantio de soja reduziu a vegetação e também aumentou a chance de acidentes, disse Lopes. “O que acontece: têm aquelas moitas que foram deixadas pelos produtores. Os animais, escondendo-se da chuva, vão para dentro das moitas de mato que ficaram, e o raio cai no ponto mais alto do local, e o ponto mais alto são as bolas de mato que ficaram. Aí o gado está lá debaixo. Quando o raio cai naquela bola de mato, naturalmente o gado que está debaixo morre.”
O secretário de Agricultura de Talismã, Luiz Omar Tenório, informou que a prefeitura tem auxiliado os produtores a enterrar os animais mortos por tempestades de raio com os devidos cuidados sanitários. De acordo com Tenório, a morte de mais de 80 reses na mesma fazenda assustou os produtores da região.
“Um produtor perder hoje 80 bois, isso acarreta um prejuízo de R$ 140 mil a R$ 150 mil. Na atual circunstância, é muito dinheiro para um proprietário perder. Mas são fenômenos da natureza. E a gente pode fazer o que? A princípio, quase nada”, ressaltou o secretário.
A Defesa Civil orienta os produtores a retirar as moitas do pasto, manter o gado nas regiões mais baixas e longe da rede elétrica. Os animais que, por acaso, forem atingidos e morrerem não podem ser usados para consumo humano e devem ser enterrados em valas cavadas por retroescavadeiras, distantes de áreas com lençol freático próximo da superfície.
Agência Brasil
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