Comparado aos outros estados do país, Pernambuco está entre os cinco com mais problemas registrados no programa. Os outros líderes são São Paulo, Minas Gerais, Bahia e Ceará. No Recife, foram 3,3 mil cancelamentos, 8,7 mil bloqueios e 3,2 mil determinações para atualização.
Em todo o país, foram detectadas falhas cadastrais em 2,5 milhões de benefícios. Houve 469.612 cancelamentos, 1.468.681 bloqueios e 620.032 determinações para atualização cadastral.
A base de avaliação da CGU foi a população registrada em cada estado em 2016 e o número de beneficiários no mesmo período. Naquele ano, Pernambuco tinha 9,4 milhões de habitantes. A folha de pagamento do Bolsa Família contemplava 1,1 milhão de pessoas.
Penalidades
De acordo com a CGU, as diferentes penalidades aplicadas em casos de inconsistências cadastrais foram definidas a partir do critério do valor recebido por cada família. Foram comparadas as rendas registradas em outras bases de dados oficiais com aquelas declaradas no Cadastro Único. A meta era identificar famílias que teriam fornecido informações inverídicas.
O Ministério do Desenvolvimento Social (MDS) determinou o bloqueio dos benefícios para os casos em que as famílias tiveram renda per capita inconsistente identificada entre R$170 e meio salário mínimo (R$ 440). Esse público se enquadra na regra de permanência (flutuações pontuais de renda que não alteram a condição estrutural de pobreza). Por isso, é necessário o recadastramento para o desbloqueio.
Para as famílias com renda superior a meio salário mínimo, foi aplicado o cancelamento do benefício. Quem ganhava menos de R$ 170 e apresentou problemas cadastrais foi notificado para realizar a atualização.
Nas situações em que a irregularidade ficar comprovada, após a condução de processo administrativo, serão aplicadas sanções legais, tais como devolução de valor e impossibilidade de retornar ao programa por um ano.
Benefícios cancelados
O ministério do Desenvolvimento Social disse, na quinta-feira (4), que recebeu as informações da CGU e que vai conferir com a checagem que já estava fazendo. O ministério disse, ainda, que está corrigindo falhas e que os cadastros passaram a ser revistos todos mês.
O governo disse que de outubro de 2016 até a semana passada, cancelou 4,7 milhões de pagamentos. Disse também que já começou a cobrar os casos mais absurdos identificados pelo próprio ministério - são três mil e 200 famílias.
Por: G1 PE
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