Diante da crise financeira que afeta o país, os prefeitos vinculados à Associação Municipalista de Pernambuco (Amupe) anunciaram ontem uma série de medidas, consideradas drásticas, para tentar contornar a situação. Entre os principais pontos anunciados destacam-se o corte e fracionamento de salários de funcionários públicos, demissões em massa e a precarização de serviços essenciais, como saúde e educação. Além disso, caso Pernambuco não receba da União uma parcela extra de R$ 169 milhões do Fundo de Participação dos Municípios (FPM), muitos gestores não conseguirão honrar o pagamento do 13º salário.
Para o presidente da Amupe, o prefeito da cidade de Afogados da Ingazeira, José Patriota, “a situação é caótica”. “Nós já vínhamos fazendo ajustes e alguns cortes. Mas agora chegamos em um estágio no qual é necessário fazer o pior deles: desempregar mães e pais de família. São famílias que ficam sem perspectiva de sobreviver, porque não têm renda”, diz. De acordo com ele, “as pequenas cidades são, sobretudo, as mais afetadas”. “Não tem dinamismo econômico, tão pouco atividade produtiva. A prefeitura é, muitas vezes, o maior empregador das pequenas cidades”, registrou.