Prédio será reformado e creche receberá nome da professora Helley Abreu Batista (Foto: Juliana Peixoto/G1)
Depois de dez dias do ataque à creche Gente Inocente, em Janaúba, quatro professoras continuam internadas em hospitais de Montes Claros e Belo Horizonte, na manhã deste domingo (15). Elas tiveram mais de 30% dos corpos queimados e estão internadas com outras dez crianças que também foram feridas durante o incêndio provocado pelo vigia Damião Soares dos Santos.
No dia 5 de outubro, o vigia Damião chegou à escola e trancou as portas da creche antes de incendiar o local. Ele jogou álcool nas crianças e nele mesmo. A pedagoga do município, Lilian Claudine Marques Gonçalves Mota, contou ao G1 como era o trabalho das profissionais.
“Marley Simone Lima Antunes, 42, é professora de uma turminha do primeiro período. Ela e a professora Helley [que morreu na tragédia] estavam juntas, com aproximadamente 40 crianças, fazendo atividades de dança, minutos antes de o vigia chegar. As outras duas professores são auxiliares e estavam no ambiente onde o fogo se alastrou. A Jéssica Morgana Silva Santos, 23, era auxiliar da tia Helley, e a Geni Oliveira Lopes Martins, 63, do maternal II. A Maria Vilma Pinheiro, 51, auxiliar da secretaria, foi a primeira a pegar fogo e a correr e pedir ajuda aos moradores da rua”, explicou. Além de estarem com mais de 30% do corpo queimado, as professora também ficaram com as vias respiratórias comprometidas pela inalação de fumaça.
No ataque, 11 pessoas morreram. Foram nove crianças, a professora Helley Abreu Batista, considerada herína por salvar a vida de muitas crianças, e o vigia.