terça-feira, dezembro 12, 2017

Petrolândia/Jatobá: "Ninguém entra, ninguém sai", diz liderança sindical dos ocupantes da Usina Luiz Gonzaga, após Casa Civil se negar a negociar



Na manhã desta terça-feira (12), segundo dia de ocupação da sede da Usina Hidrelétrica Luiz Gonzaga, entre Petrolândia e Jatobá, no Sertão de Pernambuco, a reportagem do Blog de Assis Ramalho e da Web Rádio Petrolândia conversou com a Coordenadora Geral do Polo Sindical do Submédio São Francisco, que abrange todos os Perímetros de Irrigação do Sistema Itaparica, criados pela Chesf para instalação do reservatório de Itaparica, entre Pernambuco e Bahia. Genilda Lindaura informou que, diante da desistência da Casa Civil de enviar representante ao local para negociar com as lideranças dos reassentados, foi necessário tomar "medidas radicais", com o bloqueio do acesso dos funcionários da Chesf às dependências da Usina.

"Nós, ontem, passamos o dia em negociação com a Casa Civil, com a Chesf. Ficamos no entendimento que hoje de manhã, às 10h00, estaria acontecendo uma reunião pra negociação. Só que a Casa Civil se negou, recuou, não está descendo [para a sede da UHE de Itaparica]. Então, foi preciso tomarmos algumas medidas radicais. Hoje, os funcionários da Chesf que trabalham na usina não tiveram acesso, porque está interditado. Todas as entradas de acesso para a usina se encontram interditadas, então ninguém entra, ninguém sai. Tomamos essa medida pra que o Governo se sensibilize o mais rápido possível e venha negociar com a gente. Então, nós estamos esperando as informações de que Brasília vai descer. Nós, trabalhadores, tomamos uma decisão: só vamos sair, de fato, quando tiver uma negociação. Se for hoje, tudo bem, ou se for amanhã, mas nós estamos preparados. A gente não se preocupa, porque tem alimentação suficiente pra uma semana, duas semanas, pra o que for preciso. Então, o povo está preparado. O que nós queremos é negociar. Não dá pra ficar nessa incerteza, vivendo de promessas no Sistema Itaparica."

Os reassentados de perímetros irrigados do Sistema Itaparica cobram do governo federal, além da reabertura da mesa de dialogo, garantia de que sejam garantidos no Orçamento Geral da União de 2018 recursos para o funcionamento dos perímetros irrigados. Segundo Genilda, a classe está unida e decidida a não ceder, enquanto o governo não respeitar os direitos assegurados em acordos anteriores.

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Redação do Blog de Assis Ramalho
Informação e fotos: Genilda Lindaura - Coordenadora Geral do Polo Sindical

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