As lideranças de oposição que participam do ato político Pernambuco quer Mudar, no Paço Alfândega, no bairro do Recife, lançaram um manifesto nesta segunda-feira (11). O documento traz críticas ao Governo do Estado em diversas áreas, que vão desde educação até obras inacabadas.
Os integrantes do grupo antagonista marcaram presença em peso no evento. Lideraram o ato os senadores Armando Monteiro Neto (PTB) e Fernando Bezerra Coelho, o ministro Mendonça Filho (DEM), o deputado federal Bruno Araújo (PSDB) e os ex-governadores João Lyra Neto (PSDB) e Joaquim Francisco (PSDB).
A bancada da oposição na Assembleia Legislativa também marca presença no evento junto com prefeitos aliados dos antagonistas. Estão presentes os deputados estaduais Joel da Harpa, Priscila Krause, Álvaro Porto, Socorro Pimentel, Silvio Costa Filho e Augusto César. Os prefeitos Raquel Lyra (Caruaru), Edson Vieira (Santa Cruz do Capibaribe), Miguel Coelho (Petrolina), Izaías Régis (Garanhuns), Joaquim Neto (Gravatá), entre outros.
"É inegável que os Estados foram afetados pela crise. No entanto, Pernambuco apresenta situação econômica e social bem pior, quando comparado com outros Estados, como a Bahia e o Ceará. O pernambucano tem sofrido com a falta de liderança, de ousadia e de capacidade de gestão. A crise política e econômica não poder ser desculpa para a estagnação que se instalou em Pernambuco. Pelo contrário, é na crise que a superação, a criatividade e a capacidade de gestão precisam aparecer", diz o texto.
No manifesto, os oposicionistas dizem que Pernambuco "é um canteiro de obras inacabadas, com mais de 1.200 empreendimentos paralisados com atrasos no pagamento de fornecedores". Na questão fiscal, o documento afirma que os números expõem a situação do Estado, com a 6ª pior colocação do País.
Último a falar no evento realizado pelo bloco de oposição, nesta segunda (11), o senador Armando Monteiro (PTB) fez questão de dizer que não iria “reivindicar o direito de antiguidade no campo das oposições”. Mas, durante seu discurso, deixou clara sua disposição em liderar o processo de construção de uma candidatura ao Governo do Estado, em 2018.
Logo no início de sua fala, o petebista ponderou que a aglutinação de forças oposicionistas em Pernambuco “marca o inicio de uma caminhada que antevejo vitoriosa, se tivermos a capacidade de colocar os interesses de Pernambuco acima de projetos pessoais e individuais”.
“Não vim aqui reivindicar direito de antiguidade no campo das oposições. Eu já estava postado neste campo. Mas isso não me concede de forma nenhuma o direito de me colocar acima de ninguém aqui desta mesa. O que me move é o propósito de alinharmos e construirmos um projeto para Pernambuco”, colocou o senador, logo no início de sua fala.
Porém, em outro momento, afirmou que fará “de tudo” para se colocar, neste momento, “à altura dos interesses de Pernambuco. Convoco a todos também para que juntos possamos construir. Não vão nos dividir. Não há nada que posa nos dividir”, destacou.
Em seu discurso, Armando também fez questão de criticar o governo Paulo Câmara (PSB). “Aqui temos hoje um grupo que agora já não se alimenta por um projeto para Pernambuco. Hoje ele se move pela manutenção o poder a qualquer custo, por um experimento político que não deu certo (...) Vejo esse grupo que governa já querendo rotular esse palanque”, pontuou.
Sem se referir diretamente ao governador, o senador voltou a questionar a capacidade de liderança do socialista. “Liderança não se adquire por nomeação. Não se adquire por delegação, por mais legítima que ela pudesse ser na sua origem. Liderança se adquire quando somos forjados na luta, no caminhar”, concluiu.
Folha de Pernambuco
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