quinta-feira, dezembro 14, 2017

Delegado e policiais são presos por envolvimento em facção criminosa durante operação no Ceará


Um delegado, um escrivão da Polícia Civil e um policial militar estão entre as pessoas presas nesta quinta-feira (14) durante uma operação que cumpriu mandados de prisão contra envolvidos em uma facção criminosa de origem paulista com atuação no Ceará. Segundo a Controladoria Geral de Disciplina (CGD), que cumpriu os mandados contra os servidores da segurança pública, um outro PM suspeito de participação no grupo criminoso também era alvo dos mandados, mas ele não foi localizado.

A operação realizada pelo Grupo de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas (Gaeco), do Ministério Público, em conjunto com agentes da secretaria da segurança tinha 46 mandados de prisão preventiva contra suspeitos de integrar uma organização criminosa envolvida em diversos crimes há anos no estado. O Ministério Público ainda não divulgou o balanço de quantas prisões foram efetuadas pois a operação ainda está em andamento.


Conforme a CGD, foram cumpridos três mandados de prisão e de busca e apreensão contra os policiais durante a operação. O policial militar preso já estava recolhido sob a acusação de outro crime e recebeu um novo mandado de prisão. Um outro policial não foi encontrado e permanece com o mandado de prisão em aberto.

A Controladoria Geral de Disciplina determinou a instauração de um Procedimento Administrativo Disciplinar (PAD) para apurar os crimes praticados pelos servidores da segurança pública na esfera administrativa. A CGD informou que "não divulga os nomes dos envolvidos pelo fato de o inquérito policial ser um procedimento sigiloso".

Investigação

Durante as investigações, que começaram em 2015, conforme o MPCE, já foram presas 53 pessoas investigadas, além da apreensão de 19 armas de fogo, 60 kg de cocaína, 200 kg de maconha e 8 kg de crack. Além de policiais, uma advogada também teve a prisão preventiva decretada.

Os suspeitos são investigados pelos seguintes crimes:
Integrar organização criminosa armada;
Tráfico de drogas;
Associação para o tráfico.

"A previsão do Ministério Público é que as penas dos principais líderes da organização criminosa possa variar, em caso de condenação, de 45 até 503 anos de prisão, conforme a participação e a hierarquia de cada investigado na organização, bem como a quantidade de crimes praticados. Portanto, a investigação é a mais proveitosa e abrangente contra uma organização criminosa realizada pelo estado do Ceará até o momento", informou, em nota, o Ministério Público.

Por G1 CE

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