“Se eu falasse que não sinto medo, estaria mentindo para mim mesmo”, afirma o comerciante Helton Macedo (SD), suplente que deve assumir a vaga de Tony Pretinho. Presbítero da Assembleia de Deus – Missão e dirigente de congregação, afirma que não esperava assumir a vaga na Câmara de Vereadores de Batalha dessa forma.
“O que sinto é muita tristeza porque o Tony era um empreendedor, uma pessoa querida e respeitada, que está deixando uma lacuna não só na família dele, mas na população de Batalha. Oro por essa família e por nosso município”, completou.
O empresário prefere não se pronunciar sobre os casos, mas confirma que desde a morte de Neguinho Boiadeiro, no dia 19 de novembro, o clima no município não é dos melhores. “Desde acontecimentos passados, as igrejas têm orado, jejuado, e não vamos parar de clamar por paz na nossa cidade. Todos os cristãos estão mobilizados, pedindo a Deus que traga de volta os dias de alegria e de muita paz na nossa cidade”, declarou.
O vereador Tony Pretinho foi assassinado em frente à residência onde morava, vizinho ao Fórum da cidade e a poucos metros de distância da casa da família Boiadeiro, na noite da última sexta-feira. Ele estava encostado na moto, de costas para a rua, e na companhia do mestre de obras e da esposa dele, quando um Gol de cor preta e vidros fumê se aproximou, com pelo menos três ocupantes. Os primeiros disparos, de calibre 9 milímetros, foram deflagrados ainda no interior do veículo. Em seguida, um homem desceu e disparou mais vezes contra a vítima, usando uma espingarda calibre 12.
No local do crime há várias câmeras de segurança e pelo menos três delas estavam voltadas para a frente da residência do vereador. No entanto, as primeiras informações passadas pela família da vítima para a polícia foram de que as câmeras não estavam programadas para gravar o que se passava na rua.
Gazeta de Alagoas
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