Alta mortandade de peixes no Lago de Itaparica levou Chesf a elevar vazão para oxigenar a água
O resultado, porém, não afasta o cenário de criticidade com relação a gestão dos reservatórios. Isso porque o Cemaden também alerta para a redução de chuvas para as duas próximas semanas na Bacia do Velho Chico. Por esse motivo, até para garantir o volume útil dos reservatórios, o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) manteve a premissa de conservar a defluência de 80 metros cúbicos por segundo (m³/s) no reservatório de Três Marias (MG); e de 550 m³/s em Sobradinho (BA) e Xingó, entre Alagoas e Sergipe.
Algas
Durante a videoconferência, também foi abordado o problema de mortandade de peixes no Lago de Itaparica e reservatório de Moxotó, entre Pernambuco e Bahia, o que levou a Companhia Hidrelétrica do São Francisco (Chesf) a elevar a vazão para promover a oxigenação da água. O presidente do Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio São Francisco (CBHSF), Anivaldo Miranda, participou da videoconferência no escritório do colegiado, em Maceió (AL) e lembrou do problema de floração algal registrada em 2015, no reservatório de Xingó. “A situação é preocupante e serve de alerta para que o problema que aconteceu há dois anos não se repita”, considerou Miranda.
O presidente do CBHSF também aproveitou a oportunidade para expor os problemas de abastecimento enfrentados pela tribo indígena Kariri-Xocó, no município alagoano de Porto Real do Colégio. A comunidade, composta por quase 4mil indígenas, recebe água de má qualidade e os problemas de saúde têm se mostrado recorrentes. “Trata-se de um problema de simples solução e essa comunidade busca o apoio do Comitê, que não irá se negar, mas também espera o apoio oficial”, considerou Anivaldo Miranda. “A verdade é que a água servida àquela comunidade é imprestável e a solução é algo simples, que fica em torno de R$ 100 mil para a mudança do ponto de captação”, acrescentou o presidente do CBHSF.
O cacique Carlos Suíra também acompanhou as discussões no escritório do Comitê e expôs os problemas enfrentados pela tribo indígena, solicitando da equipe técnica da Agência Nacional de Águas uma ação para resolver o problema. “O melhor seria mudar o ponto de captação de água cerca de 600 metros, para melhorar a qualidade da água captada para a nossa comunidade”, apelou Suíra.
Engenheiro da Secretaria de Saúde Indígena (Sesai), órgão ligado ao Ministério da Saúde, Márcio Martins, também acompanhou a reunião e confirmou o relato do cacique. Em resposta, representante da Companhia de Desenvolvimento do Vale do São Francisco (Codevasf) disse que o órgão sofreu diversos cortes orçamentários durante o ano de 2017, o que dificultou muito as ações do órgão, o que impactou numa intervenção em favor da aldeia.
No final da reunião, ficou acertado que haverá uma concentração de esforços entre a ANA e os ministérios da Saúde e da Integração Nacional, com vistas a uma ação rápida para a solução do problema. A próxima reunião para avaliar as condições hidrológicas da bacia do São Francisco está marcada apenas para o dia 8 de janeiro do próximo ano, devido às festas de final de ano.
Delane Barros/CBHSF
Durante a videoconferência, também foi abordado o problema de mortandade de peixes no Lago de Itaparica e reservatório de Moxotó, entre Pernambuco e Bahia, o que levou a Companhia Hidrelétrica do São Francisco (Chesf) a elevar a vazão para promover a oxigenação da água. O presidente do Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio São Francisco (CBHSF), Anivaldo Miranda, participou da videoconferência no escritório do colegiado, em Maceió (AL) e lembrou do problema de floração algal registrada em 2015, no reservatório de Xingó. “A situação é preocupante e serve de alerta para que o problema que aconteceu há dois anos não se repita”, considerou Miranda.
O presidente do CBHSF também aproveitou a oportunidade para expor os problemas de abastecimento enfrentados pela tribo indígena Kariri-Xocó, no município alagoano de Porto Real do Colégio. A comunidade, composta por quase 4mil indígenas, recebe água de má qualidade e os problemas de saúde têm se mostrado recorrentes. “Trata-se de um problema de simples solução e essa comunidade busca o apoio do Comitê, que não irá se negar, mas também espera o apoio oficial”, considerou Anivaldo Miranda. “A verdade é que a água servida àquela comunidade é imprestável e a solução é algo simples, que fica em torno de R$ 100 mil para a mudança do ponto de captação”, acrescentou o presidente do CBHSF.
O cacique Carlos Suíra também acompanhou as discussões no escritório do Comitê e expôs os problemas enfrentados pela tribo indígena, solicitando da equipe técnica da Agência Nacional de Águas uma ação para resolver o problema. “O melhor seria mudar o ponto de captação de água cerca de 600 metros, para melhorar a qualidade da água captada para a nossa comunidade”, apelou Suíra.
Engenheiro da Secretaria de Saúde Indígena (Sesai), órgão ligado ao Ministério da Saúde, Márcio Martins, também acompanhou a reunião e confirmou o relato do cacique. Em resposta, representante da Companhia de Desenvolvimento do Vale do São Francisco (Codevasf) disse que o órgão sofreu diversos cortes orçamentários durante o ano de 2017, o que dificultou muito as ações do órgão, o que impactou numa intervenção em favor da aldeia.
No final da reunião, ficou acertado que haverá uma concentração de esforços entre a ANA e os ministérios da Saúde e da Integração Nacional, com vistas a uma ação rápida para a solução do problema. A próxima reunião para avaliar as condições hidrológicas da bacia do São Francisco está marcada apenas para o dia 8 de janeiro do próximo ano, devido às festas de final de ano.
Delane Barros/CBHSF
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