terça-feira, novembro 07, 2017

Trabalhadores do MST ocupam prefeituras de várias cidades do interior de Alagoas

As prefeituras de Delmiro Gouveia, Olho D’Água do Casado, Joaquim Gomes, São Luis do Quitunde, Taquarana, Junqueiro, Barra de Santo Antônio e Piranhas foram ocupadas na manhã desta terça.

Trabalhadores rurais sem terra ocupam, desde o início da manhã desta terça-feira (07), várias prefeituras de municípios alagoanos, em protesto contra o que classificam de abandono da pauta apresentada pelos movimentos sociais em prol de acampamentos e assentamentos espalhados por todo o estado. Eles cobram que os gestores executem ações de infraestrutura, a fim de viabilizar a produção das famílias camponesas.

Do Sertão ao Litoral de Alagoas, já são diversos municípios com ocupação da prefeitura pelos camponeses e camponesas em luta por melhores condições de vida no campo alagoano, pautando a responsabilidade do poder público municipal com as áreas de Reforma Agrária. No Alto Sertão estão ocupadas as prefeituras de Olho D?Água do Casado, Delmiro Gouveia; na Zona da Mata as cidades de Joaquim Gomes, São Luiz do Quitunde, além das cidades de Taquarana e Junqueiro.


Entre as principais reivindicações, os Sem Terra demandam ações efetivas do município nas áreas de educação, saúde e infraestruturas para a produção de alimentos saudáveis nos acampamentos e assentamentos, como abastecimento de água para irrigação e consumo, ajustes nas estradas para escoamento da produção, entre outras demandas.

José Neto, da direção estadual do MST, destacou a necessidade da mobilização dos camponeses em todo o estado. "Hoje é mais um dia de colocarmos nossas bandeiras, ferramentas e reivindicações nas ruas. Nossas ocupações denunciam o abandono das diversas prefeituras das demandas dos trabalhadores e trabalhadoras rurais", disse.

"Ocupamos as prefeituras para dizer coletivamente que a efetivação das políticas públicas do município para o povo que vive no campo é fundamental para toda a cidade," destacou o dirigente. "No Sertão de Alagoas, por exemplo, nossa luta por água e pelas demais pautas para fortalecer e garantir a produção de alimentos em nossas áreas é importante também para quem vive na cidade, pois isso determina o que vai chegar na mesa da população, gera renda e movimenta a economia do município".

De acordo com José Neto, as reivindicações em várias das prefeituras ocupadas já são conhecidas pela gestão municipal, mas sem avanço significativo no dia-a-dia da vida dos trabalhadores e trabalhadoras rurais.

"No geral todas as pautas são de conhecimento do município, mas que nada tem feito para melhorar as condições de vida dos que vivem nos acampamentos e assentamentos, sem considerar as necessidades e a importância desses homens e mulheres, camponeses e camponesas, para o desenvolvimento da cidade como um todo", ressaltou. As ações nas prefeituras seguem exigindo retorno da gestão municipal às demandas, pautando audiência com os prefeitos e secretariado.

Gazeta Web

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