Várias casas estão condenadas e as famílias terão que deixar o imóvel ''eles deveriam ter vergonha, e não roubar de quem não tem nada'' desabafa uma moradora.
A suspeita de desvio de recursos públicos em socorro às vítimas das enchentes que devastaram várias cidades de Pernambuco causou estrago também na esperança de quem deveria ser beneficiado por esse dinheiro. Parte da verba que chegou foi usada para construir casas, mas a terraplanagem ruim levou as famílias a abandonarem suas residências.
Na última sexta-feira (10), a reportagem do Jornal do Comercio percorreu quatro cidades entre as mais castigadas pelas enchentes, tanto em 2010 quanto em 2017.
Encontrou uma região que vive de promessa, enchente após enchente, tragédia após tragédia. Se em Palmares o sonho da casa própria virou sinônimo de medo e desperdício de dinheiro público, em Maraial é o vazio que assalta a esperança dos moradores.
Desde as enchente de 2010, a cidade espera a construção de 700 casas para abrigar a população que mora em área de risco. Foram executadas obras de terraplanagem em dois terrenos, localizados em áreas altas do município, mas nenhuma residência erguida. Em um dos locais chegou-se a construir o galpão que serviria de depósito de material e refeitório para os trabalhadores. Hoje tudo está abandonado e destruído.
Entra e sai tragédia, a região vive de promessa e de espera. Cansados, muitos perderam a fé em dias melhores ao saberem que o dinheiro destinado a socorrer as vítimas nas enchentes de 2010 e 2017 é agora alvo de uma mega operação policial por suspeita de desviu dos recursos recebidos pelo governo do Estado ''eles deveriam ter vergonha, e não roubar de quem não tem nada'' desabafa a dona de Casa Geovana, da cidade de Palmares.
JC Online
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