O ministro Osmar Terra (Desenvolvimento Social) afirmou nesta segunda-feira (13) que o Bolsa Família deve ter um reajuste acima da inflação em 2018, ano eleitoral.
Esse seria o segundo reajuste no valor do programa feito pela gestão Michel Temer.
O presidente anunciou um aumento de 12,5% logo após assumir o cargo, em razão do impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff. Neste ano, contudo, suspendeu a mudança no valor com a piora no quadro das contas públicas.
Questionado sobre o fato do reajuste, previsto para o meio do ano que vem, ocorrer num ano eleitoral, ele disse: "Os maiores reajustes do governo anterior foram em ano eleitoral. Não vamos repetir. Temos que ter caixa para fazer", disse ele.
"Bolsa Família ficou dois anos [na gestão Dilma] sem reajuste com inflação de 10% ao ano. Estamos lentamente recuperando", disse Terra.
O ministro declarou que o reajuste deve ser feito com base na inflação e "um pouco mais". "A inflação baixa ajuda", disse ele. O IPCA acumulado dos últimos 12 meses foi de 2,7%".
Terra anunciou o reajuste no benefício após o lançamento do Programa Emergencial de Ações Sociais para o Rio de Janeiro. Com investimento previsto de R$ 157 milhões, o programa inclui pacote de ações nas áreas de justiça, educação, esporte e direitos humanos, tendo como objetivo atender a 50 mil crianças e jovens.
O presidente também mencionou em seu discurso as vantagens para os trabalhadores que ele considera existir com a inflação baixa.
"Inflação baixa significa salário valorizado. Significa que preços não aumentaram", disse ele. O governo recentemente reduziu a previsão de reajuste do salário mínimo de R$ 969 para R$ 965 - o valor atual é de R$ 937.
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