Em seu discurso, Lucas criticou a ausência de representantes da União nas discussões. “A falta de disposição do (des)governo Temer para o debate sobre a privatização da Chesf é a prova de que querem vender as empresas do sistema elétrico nacional para tapar uma parte do rombo nas contas públicas”, afirmou o deputado, lembrando que a falta de membros do governo federal nos debates é recorrente. “Já são 15 encontros para discutir a situação da estatal e nenhum defensor da desestatização compareceu para expressar seus argumentos, dando apenas o silêncio como resposta ao povo”, declarou. “É preciso debater o assunto para tomar uma posição bem fundamentada”, frisou o vereador Marcelo Gomes.
Para o deputado federal Danilo Cabral (PSB), que lidera no Congresso Nacional o colegiado em defesa da empresa do setor elétrico, as iniciativas populares são importantes para impedir a negociação da Companhia. “Precisamos fazer encorpar ainda mais a mobilização contra esse processo criminoso da privatização do setor elétrico brasileiro, que inclui a venda da Chesf. Vendê-la significa entregar o maior investimento público feito no Nordeste para o setor privado e só vamos barrar a venda do patrimônio brasileiro com a força do povo”, disse Danilo em seu discurso.
A deputada Laura Gomes (PSB), que integra a Frente pernambucana, alertou para os riscos da desnacionalização da Companhia. “Aumento nas contas de luz, entrega das águas do São Francisco ao controle privado e venda de uma empresa estratégica na geração de energia para o Nordeste são algumas das negativas consequências da privatização da Chesf. Não há como concordar com tal proposta descabida e, por isso, o PSB é contra e vai trabalhar para impedir que se concretize esse absurdo”, detalhou a socialista.
Lucas Ramos ainda trouxe ao debate o posicionamento de entidades que se declararam contra a privatização. “A Federação das Indústrias do Estado de Pernambuco (Fiepe) manifestou preocupação com o provável aumento da tarifa de energia elétrica paga pelo consumidor residencial, comercial e industrial, o que afetará os custos de produção e dificultará a geração de empregos”, lembrou. “Assim como nós, a Confederação Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) está atenta às consequências que podemos enfrentar no uso múltiplo das águas do Rio São Francisco, tão importante para a agricultura familiar, por exemplo, a partir da venda da Chesf”, assinalou o deputado.
Também participaram do encontro o presidente da Câmara de Caruaru, Lula Torres (PDT); Mozart Bandeira, ex-diretor de Operações da Chesf; Fernando Ferro, ex-deputado federal e Fernando Neves, representante da Federação Regional dos Urbanitários do Nordeste.
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