sábado, novembro 11, 2017

Diabetes: é possível viver com qualidade


O Brasil tem atualmente mais de 13 milhões de pessoas vivendo com diabetes e este número vem crescendo anualmente. Muitos pacientes recebem o diagnóstico como uma sentença para uma vida de restrições, mas é possível viver com qualidade. “Com controle e acompanhamento médico, a doença não é fator impeditivo para nada”, esclarece a endocrinologista do Hospital Jayme da Fonte, Juliana Arruda.

Diabetes é uma doença crônica que acontece quando o organismo passa a não produzir insulina, ou esta não tem ação adequada. Esta alteração vai resultar na elevação do nível de glicose no sangue – a conhecida hiperglicemia. Quando o portador da diabetes tem um quadro prolongado de hiperglicemia, pode haver danos em alguns órgãos, como rins, olhos, coração, dentre outros. As formas mais comuns da doença são o Tipo 1 ou Tipo 2. No primeiro caso, a produção de insulina do pâncreas é insuficiente, pois suas células sofrem uma destruição autoimune. É diagnosticada geralmente na infância ou adolescência, mas pode ser identificada em adultos também. Os portadores necessitam de injeções diárias de insulina, medicamentos, planejamento alimentar e atividades físicas para ajudar a manter a glicose no sangue em valores normais.

O Tipo 2 aparece quando o corpo não produz insulina suficiente ou não a utiliza adequadamente, com uma resistência à sua ação. Acontece geralmente em adultos, mas também pode se manifestar em crianças. Ela acontece em 90% das pessoas com diabetes. Seu controle pode ser obtido através do uso de diversos medicamentos orais para controle da glicemia, associado com atividades físicas e planejamento alimentar. Em outros casos, pode haver a necessidade de uso de terapia injetável, a insulina, além de outros antidiabéticos orais para o controle da glicose. “O acompanhamento médico é importante para a descoberta do diabetes Tipo 2. Por ser uma doença silenciosa, e no início assintomática, na maioria dos casos os portadores desconhecem a presença da doença no organismo”, afirma a médica.

Há ainda o diabetes gestacional, quando a grávida apresenta uma maior resistência à ação da insulina e os níveis da glicose no sangue se elevam. Pode surgir em qualquer mulher e nem sempre os sintomas são identificáveis. Há ainda alguns fatores de risco como hipertensão, idade materna avançada, sobrepeso ou obesidade e gravidez gemelar. “É preciso que as gestantes fiquem atentas e verifiquem a partir da 24ª semana de gravidez como está sua glicose”, explica Juliana. Os avanços científicos na área possibilitam tratamentos para todos os tipos de casos de diabete e, em todos eles o primeiro passo para viver bem é aceitar o diabetes e encarar o controle e a medicação como uma tarefa criteriosa e diária. “Além disso, é importante manter hábitos saudáveis com exercícios físicos e uma alimentação equilibrada”, finaliza a endocrinologista.

Brava Comunicação

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