Ginecologista Élvio Floresti Junior fala tudo sobre o vírus
A sigla HPV significa vírus do papiloma humano (human papillomavirus, em inglês) que é sexualmente transmitido, na grande maioria das vezes. A doença pode sim evoluir até o câncer de colo de útero, chegando a acarretar óbito, se não tratado. A pessoa infectada pode apresentar verrugas na região íntima e o tratamento normalmente é feito com cauterizações. O ginecologista Élvio Floresti Junior, aponta alguns mistérios que envolvem esse vírus.
Diferente do que se pensa, o HPV também infecta os homens. "Mas apesar de também poder apresentar verrugas como nas mulheres, muitas vezes são assintomáticos. Nestes casos, o diagnóstico é feito com de exames de peniscopia. Por isso sempre aconselhamos o parceiro a procurar um urologista.
O uso de preservativos na relação sexual é a maneira mais eficaz de combater a transmissão, mas não impede totalmente a contaminação. "O contato oral e manual também pode transmitir o vírus", aponta o médico. Porém, isso não tira a importância do preservativo na relação sexual e que diminui bastante a transmissibilidade entre os casais, evitando, principalmente a contaminação no colo uterino.
Agora, com a vacina disponibilizada pelo SUS, a expectativa é que o índice de pessoas infectadas com o HPV diminua. " A vacina é gratuita para meninas entre 9 e 13 anos e tem 100% de eficácia quando feita antes da primeira relação sexual. O ideal seria que todos as pessoas (homens e mulheres) de até 40 anos fossem vacinados, mesmo estes não estando na faixa etária de maior risco. No entanto, a vacina não invalida o uso de preservativo na relação sexual", comenta Floresti.
É válido ressaltar que o tratamento do HPV pode ser demorado e envolve desde o uso de pomadas e soluções aplicadas no local, feita pelo médico até cirurgias de cauterização. Se não for tratado e o doente tiver com vida sexual ativa, o vírus é transmitido sem controle e a pessoa infectada pode desenvolver câncer. O mais comum é o de colo do útero nas mulheres já nos homens, próstata e pênis.
Mas apesar de muito importante a prevenção e o tratamento, e importante enfatizar que a grande maioria das pessoas infectadas eliminarão totalmente o vírus com ou sem tratamento. "Apenas a minoria evoluirá para o câncer e a evolução demora alguns anos. Como é uma doença assintomática, infelizmente ainda é grande o número de casos de câncer de colo uterino no Brasil, que está na contramão dos países desenvolvidos onde esse índice está cada vez menor, devido a vacinação e melhor conscientização dos jovens", conclui Dr. Élvio Floresti Junior.
Sobre o especialista
Doutor Elvio Floresti Junior é ginecologista e obstetra formado pela Escola Paulista de Medicina desde 1984. Possui título de especialista em ginecologia e obstetrícia pela Febrasgo (Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia) e título de especialista em colposcopia. Além disso, é especializado em histerectomia vaginal sem prolapso uterino (sem necessidade de corte abdominal) e está atualizado com as últimas técnicas cirúrgicas como sling vaginal. Realiza pré-natal especializado e atua em gestações de alto risco.
Diferente do que se pensa, o HPV também infecta os homens. "Mas apesar de também poder apresentar verrugas como nas mulheres, muitas vezes são assintomáticos. Nestes casos, o diagnóstico é feito com de exames de peniscopia. Por isso sempre aconselhamos o parceiro a procurar um urologista.
O uso de preservativos na relação sexual é a maneira mais eficaz de combater a transmissão, mas não impede totalmente a contaminação. "O contato oral e manual também pode transmitir o vírus", aponta o médico. Porém, isso não tira a importância do preservativo na relação sexual e que diminui bastante a transmissibilidade entre os casais, evitando, principalmente a contaminação no colo uterino.
Agora, com a vacina disponibilizada pelo SUS, a expectativa é que o índice de pessoas infectadas com o HPV diminua. " A vacina é gratuita para meninas entre 9 e 13 anos e tem 100% de eficácia quando feita antes da primeira relação sexual. O ideal seria que todos as pessoas (homens e mulheres) de até 40 anos fossem vacinados, mesmo estes não estando na faixa etária de maior risco. No entanto, a vacina não invalida o uso de preservativo na relação sexual", comenta Floresti.
É válido ressaltar que o tratamento do HPV pode ser demorado e envolve desde o uso de pomadas e soluções aplicadas no local, feita pelo médico até cirurgias de cauterização. Se não for tratado e o doente tiver com vida sexual ativa, o vírus é transmitido sem controle e a pessoa infectada pode desenvolver câncer. O mais comum é o de colo do útero nas mulheres já nos homens, próstata e pênis.
Mas apesar de muito importante a prevenção e o tratamento, e importante enfatizar que a grande maioria das pessoas infectadas eliminarão totalmente o vírus com ou sem tratamento. "Apenas a minoria evoluirá para o câncer e a evolução demora alguns anos. Como é uma doença assintomática, infelizmente ainda é grande o número de casos de câncer de colo uterino no Brasil, que está na contramão dos países desenvolvidos onde esse índice está cada vez menor, devido a vacinação e melhor conscientização dos jovens", conclui Dr. Élvio Floresti Junior.
Sobre o especialista
Doutor Elvio Floresti Junior é ginecologista e obstetra formado pela Escola Paulista de Medicina desde 1984. Possui título de especialista em ginecologia e obstetrícia pela Febrasgo (Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia) e título de especialista em colposcopia. Além disso, é especializado em histerectomia vaginal sem prolapso uterino (sem necessidade de corte abdominal) e está atualizado com as últimas técnicas cirúrgicas como sling vaginal. Realiza pré-natal especializado e atua em gestações de alto risco.
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