Foram cumpridos dois mandados de condução coercitiva contra dois militares da alta cúpula da corporação: ex-comandante da Polícia Militar de Pernambuco, Coronel Carlos D’Albuquerque e o coronel Mário Cavalvanti. Eles foram conduzidos à sede da PF para prestar esclarecimentos e depois foram liberados.
Outros quatro policiais militares, no entanto, foram presos por força de prisão temporária e, após depoimento, serão levados para o Batalhão da Cavalaria, onde ficarão detidos. São eles: o tenente coronel Laurinalfo Félix do Nascimento, o tenente coronel Fábio Rosendo de Alcântara (secretario executivo defesa civil em 2010 ), o coronel Roberto Gomes de Melo Filho (coordenador da op. reconstrução de 2010) e o tenente coronel Waldemir José de Araújo.
Também foram alvo de prisão temporária cinco empresários: Ricardo Padilha, Rogério Fabrício Roque Neiva, Romero Fitipaldi Pontual (da Ceasa) e Antônio Manuel Andrade Júnior. Ricardo José de Padilha Carício e a esposa foram conduzidos de casa, no bairro de Boa Viagem, Zona Sul do Recife, em uma viatura da PF, para a sede da corporação, na Avenida Cais do Apolo. Os dois não quiseram falar com a imprensa. Esta não é a primeira vez que Padilha é detido pela PF. No dia 29 de setembro deste ano, o empresário foi detido em uma casa no bairro de Boa Viagem, Zona Sul do Recife, durante a terceira fase da “Operação Mata Norte”. Ele é dono de uma das empresas investigadas por desvios de verbas públicas da merenda escolar na cidade de Lagoa do Carro, Zona da Mata de Pernambuco.
A Operação Torrentes cumpriu ainda diversos mandados de busca e apreensão, muitos deles no Palácio Campo das Princesas (sede do governo do estado), no prédio da Vice-Governadoria, no bairro de Santo Amaro, além de imóveis nos bairros da Torre, Graças e Beberibe - todos do Recife - e de Casa Caiada, em Olinda.
Investigação -Ainda na operação,a Polícia Federal investiga 15 processos licitatórios, entre esses 12 relacionados à Operação Reconstrução (2010) e três relativos à Operação Prontidão (2017), de ajuda às vítimas das enchentes na Mata Sul do estado.
O caso começou a ser investigado a partir de uma denúncia pública à Controladoria Geral da União (CGU) e Ministério Público de Pernambuco (MPPE) de desvio de dinheiro no seguimento das duas operações. Na denúncia constavam os nomes de três empresários.
Diário de Pernambuco
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Comentários são publicados somente depois de avaliados por moderador. Aguarde publicação. Agradecemos a sua opinião.