Foto: Assis Ramalho/Arquivo BlogAR
Somente a partir do próximo mês é que há uma previsão de registro maior de chuvas na bacia do rio São Francisco. A informação foi passada na manhã desta segunda-feira (16 de outubro) pela equipe técnica do Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden), durante reunião promovida pela Agência Nacional de Águas (ANA), em Brasília (DF), e transmitida por videoconferência para os estados da bacia.
Ainda de acordo com a equipe do Cemaden, durante as próximas quatro semanas, haverá o registro de precipitação na bacia, mas de maneira ainda insignificante. Somente depois, melhora a probabilidade. “Saliento que o modelo apresentado nesta reunião é mais longo que o normal, ou seja, quatro semanas, o que pode levar a falhas. Entretanto, é o modelo que se apresenta de maneira mais otimista para a bacia do São Francisco”, ressaltou o coordenador de Operações do órgão, Marcelo Seluchi.
Diante desse cenário, o setor elétrico defendeu a continuidade das defluências atualmente praticadas nos reservatórios instalados no chamado rio da integração nacional, ou seja, 550 metros cúbicos por segundo (m³/s) em Sobradinho (BA) e Xingó (AL) e em 300m³/s em Três Marias (MG).
O superintendente de Recursos Hídricos da ANA, Joaquim Gondim, informou que o Conselho Nacional de Recursos Hídricos (CNRH) fará reunião nos próximos dias 31 de outubro e 1º de novembro, na capital federal, oportunidade em que também irá discutir os impactos provocados pela estiagem na bacia do São Francisco. Além disso, foi apresentado o estudo realizado pelo membro do Comitê Bahia do Fórum Alternativo Mundial da Água, Aníbal Rodrigues, através do qual ele propõe alternativas para provocar chuva. “Apenas para que todos tomem conhecimento desse projeto, mas não será discutido nesse fórum”, alertou Gondim.
O presidente e o vice-presidente do Comitê da Bacia do Rio São Francisco (CBHSF), Anivaldo Miranda e Maciel Oliveira, respectivamente, acompanharam a reunião no escritório do colegiado, em Maceió (AL). Também participaram da videoconferência representantes de estados e de projetos inseridos na bacia do Velho Chico.
Delane Barros/Ascom CBHSF
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