terça-feira, outubro 24, 2017

Mais de 80% dos municípios de PE têm risco para transmissão elevada de arboviroses


Este ano Pernambuco tem registrado uma queda nas notificações das arboviroses, quando é feita a comparação com os dados do mesmo período de 2016. Isso significa uma diminuição de 87,6% nas notificações de dengue, 93,2% de chikungunya e 94,1% de zika. Apesar disso, de acordo com o 5º Levantamento de Índice Rápido do Aedes aegypti (LIRAa), que monitora a quantidade de imóveis com a presença de larvas do mosquito, 156 cidades (84,7% dos municípios pernambucanos) estão em situação de risco para transmissão elevada das doenças. A presença de larvas aumenta a possibilidade do surgimento de mosquitos e, consequentemente, da transmissão das enfermidades, o que reforça a importância de ações para eliminar os criadouros.

Até a próxima sexta-feira, o Brasil estará vivenciando a Semana de Mobilização Contra o Aedes Aegypti. Em Pernambuco, ações do governo do estado estão incentivando os moradoresde todos os municípios a eliminar em possíveis focos do mosquito por meio de atividades voltadas para a população, que também precisa estar engajada nessa luta.


"Depois de vivenciarmos dois anos seguidos de epidemia das arboviroses, com a introdução de novos vírus no Estado e de novas doenças provocadas pelo mosquito, como a Síndrome Congênita do Zika/microcefalia, tivemos em 2017 uma redução significativa no número de casos de dengue, chikungunya e zika. Mas isso não significa que a batalha contra o Aedes aegypti está finalizada. Desde o início do ano, nosso levantamento do índice de infestação vem mostrando que ainda há muitas larvas do Aedes nas residências dos pernambucanos e um mosquito já é suficiente para infectar diversas pessoas. Precisamos, desde já, manter nossa rotina de eliminação dos possíveis criadouros, para evitar novas epidemias no verão que já se aproxima", diz a gerente do Programa de Vigilância das Arboviroses da SES, Claudenice Pontes.

Claudenice ressalta que, durante esta semana, os municípios devem estar engajados em atividades de mobilização social para repassar informações de prevenção à população. "Os entes públicos precisam realizar suas ações, mas sem o apoio da sociedade não vamos conseguir continuar diminuindo os índices de infestação do mosquito e consequentemente das arboviroses", diz a gerente.

Ela lembra que, em caso de necessidade de armazenamento de água, é preciso tapar todo o recipiente, para que ele não se transforme em um possível criadouro. Também é importante manter a vigilância nos quintais e entornos da residência. "Uma garrafa plástica, uma tampa e um pneu podem se transformar em ambientes ideais para a proliferação do Aedes aegypti. Precisamos fazer o descarte adequado desses recipientes e manter uma rotina de vigilância nas nossas casas para eliminar constantemente possíveis criadouros ou focos do mosquito", pontua Claudenice.

A gerente do Programa de Vigilância das Arboviroses da SES ainda ressalta que o Estado está à disposição de todos os municípios pernambucanos para prestar apoio técnico. A SES também encaminha para os municípios bombas costais, além de capas para vedação de recipientes para armazenamento de água. Além de fazer o monitoramento dos índices das cidades, é de responsabilidade do Estado, em caso de surto epidêmico, a realização do bloqueio de transmissão com a aplicação de inseticida por meio da nebulização espacial a frio (tratamento a UBV), utilizando equipamentos portáteis ou pesados.

Confira cuidados importantes para eliminar os focos dos mosquitos:

- Mantenha bem tampados caixas d´água, jarras, cisternas, poços ou qualquer outro reservatório de água.

- Mantenha as lixeiras tampadas e secas. Nunca jogue lixo em terrenos baldios.

- Coloque no lixo todo objeto que possa acumular água. O lixo deve ser colocado em sacos plásticos bem fechados.

- Lave os bebedouros de animais com uma bucha pelo menos uma vez por semana e troque a água todos os dias.

- Cubra e guarde os pneus em locais secos, protegidos das chuvas.

- Guarde as garrafas secas de cabeça para baixo e não deixe no quintal objetos que acumulem água.

- Encha os pratinhos de plantas com areia.

- Retire a água acumulada sobre a laje.

- Mantenha as calhas d´água limpas.

Diário de Pernambuco

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