Relatório produzido pelo GGTOX (Gerência-Geral de Toxicologia da Anvisa) concluiu que o produto deixa resíduos nos alimentos e traz malefícios à saúde humana.
Com a decisão, está proibida a utilização direta do composto nas culturas de algodão, amendoim, arroz, batata, cenoura, feijão, fumo, milho, repolho, tomate e trigo. Em todas as demais culturas, a agência proibiu a aplicação aérea e na costa.
Já nas culturas de banana, café e cana-de-açúcar, a agência estabeleceu um prazo de seis meses para a descontinuação completa do uso a partir da data de publicação.
Em três meses a partir dessa quinta, a agência também proibiu em todo o território nacional a importação e a comercialização da substância.
Em 2016, a Anvisa publicou levantamento que mostrou que 11% das amostras de laranja apresentaram situações de risco relativas ao carbofurano.
A Anvisa concluiu que o uso regular de carbofurano também deixa resíduos na água -- "o que representa risco agudo à população brasileira", por seus efeitos neurotóxicos (malefícios ao sistema nervoso, como a morte de neurônios e outras consequências).
Segundo a agência, as características se enquadram nos critérios proibitivos da lei 7802/1989, conhecida como a "Lei dos Agrotóxicos".
Situação internacional
Desde 2008, a Anvisa estuda o carbofurano e vários países já proíbiram sua utilização. Os Estados Unidos proibiu o composto em 2009; o Canadá, em 2010. A China proibiu o uso de carbofurano em vegetais, árvores frutíferas, chás e medicamentos fitoterápicos em 2002.
Na Europa, relatório de agência regulatória concluiu que o carbofurano representa risco à saúde da população pelo consumo de alimentos e pelo consumo de água.
G1 Bem Estar
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