Suspeito pelos disparos é um adolescente de 14 anos, que cursa o 8º ano. Ele é filho de militares e está apreendido (Reprodução G1)
O crime ocorreu às 11h50. Testemunhas relataram ao G1 que o adolescente, que cursa o 8º ano e é filho de militares, estava dentro da sala de aula e, no intervalo, quando a professora saiu, tirou da mochila a arma, uma pistola .40, que ele pegou em casa, e efetuou os disparos. Em seguida, quando ele se preparava para recarregar o revólver, foi contido por alunos e professores.
Os estudantes João Vitor Gomes e João Pedro Calembo, cujas idades ainda não foram divulgadas, morreram no local. Já outros quatro alunos, sendo três meninas e um menino, ficaram feridos e foram socorridos.
O suspeito dos disparos está apreendido, segundo confirmou ao G1 o coronel da Polícia Militar Anésio Barbosa da Cruz. “Informações preliminares dão conta que ele estaria sofrendo bullying, se revoltou contra isso, pegou a arma em casa e efetuou os disparos”, disse.
Um aluno de 15 anos, que estava na sala no momento do tiroteio, também contou que o adolescente era vítima de chacotas.
"Ele sofria bullying, o pessoal chamava ele de fedorento, pois não usa desodorante. No intervalo da aula, ele sacou a arma da mochila e começou a atirar. Ele não escolheu alvo. Aí todo mundo saiu correndo", relatou o estudante.
O Instituto Médico Legal (IML) informou ao G1 que, até as 14h, os corpos dos dois estudantes não tinham sido levados para a unidade.
Já o suspeito pelos tiros foi levado à sede da Delegacia de Polícia de Apuração de Atos Infracionais (Depai) e, em seguida, encaminhado para o IML para os exames de corpo de delito. Posteriormente, deve retornar à delegacia.
Feridos
Os baleados foram socorridos pelo Corpo de Bombeiros e pelo Grupo de Radiopatrulha Aérea (Graer) da Polícia Militar. Três deles estão no Hospital de Urgências de Goiânia (Hugo) e um no Hospital de Acidentados.
Segundo o Hugo, um dos feridos é um garoto de 13 anos, que tem quadro de saúde grave. Ele está orientado, consciente e respira espontaneamente. Ele passa por avaliação na emergência.
A outra ferida é uma adolescente de 13 anos, que também tem quadro grave. Ela está orientada, consciente, respira com auxílio de oxigênio. Ela também passa por avaliação.
O terceiro ferido é outra estudante, cuja idade ainda não foi confirmada, que também tem quadro de saúde grave. Ela está orientada, consciente, respira com ajuda de oxigênio e também passa por avaliação na emergência.
Ainda não há informações sobre o estado de saúde do quarto estudante ferido.
Pânico
Uma estudante de 13 anos, que estava dentro do colégio no momento do tiroteio, estava muito emocionada, mas relatou à TV Anhanguera o que aconteceu.
“Ele saiu dando tiro em todo mundo da sala. Eu segurei na mão da minha amiga e fui até a polícia. Não sabia o que fazer”, disse ela.
O G1 entrou em contato, às 12h50, por telefone, com o Colégio Goyases e foi informado pela coordenadora que toda a equipe está “consternada” e que a administração da escola não irá se manifestar por enquanto.
A escola tem turmas do 1º ao 9º ano do ensino fundamental, com crianças e adolescentes de idades entre 6 e 15 anos.
G1 GO
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