quinta-feira, setembro 07, 2017

Polícia recupera R$ 920 mil de pirâmide financeira na Bahia; Prática teria rendido mais de R$ 200 milhões aos estelionatários


Cerca de R$ 920 mil foram apreendidos nesta quarta-feira, 6, de uma quadrilha que vinha sendo investigada por um esquema fraudulento de pirâmide financeira. Conforme as investigações do Departamento de Crimes Contra o Patrimônio (DCCP), a estimativa é de que a ação do grupo tenha lesado milhares de pessoas em todo o país e rendido mais de R$ 200 milhões aos estelionatários.

O dinheiro estava depositado na conta de Edilane Alves de Oliveira, sogra de Danilo Gouveia, apontado como líder da quadrilha. Os dois estão com as prisões decretadas pela Justiça e são procurados.

A ação é resultado da operação em conjunto do Departamento de Polícia do Interior (Depin), por meio da 6ª Coordenadoria Regional de Polícia do Interior (Coorpin/Itabuna) e do DCCP, deflagrada em agosto deste ano. Foram cumpridos 10 mandados de busca e apreensão, na cidade de Itabuna (distante a 433 km de Salvador).

Empresa de fachada

Iniciada na Delegacia de Repressão a Furtos e Roubos (DRFR), de Itabuna, pelo delegado Humberto Mattos, a investigação revelou que a quadrilha aplicava um golpe classificado como de cooptação progressiva de pessoas, conhecida como “pirâmide financeira”.

Para atrair as vítimas, os suspeitos criaram uma empresa de fachada chamada "D9 Clube", na avenida Ruffo Galvão, onde a polícia encontrou veículos, uma moto aquática, uma motocicleta Harley-Davidson, um minerador de moeda virtual e um drone.

A D9 Clube informava em seu site e em redes sociais que o percentual de lucro obtido com as realizações das apostas de seus clientes seria de 33% sobre o valor investido, com pagamento semanal durante um ano, e ao final, o valor inicial investido de volta.

Os integrantes da quadrilha vão responder pelos crimes de estelionato, formação de quadrilha, lavagem de dinheiro e pichardismo (exploração fraudulenta que se diferencia do estelionato porque o número de pessoas é indeterminado).

O valor recuperado foi depositado em uma conta judicial e ficará à disposição da Justiça Criminal para possível reparação dos prejuízos causados às vítimas.

A Tarde

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