sábado, setembro 02, 2017

Petrolândia: Produtores de Itaparica já produzem 100 toneladas de tilápia por mês

A primeira associação dos produtores de tilápia foi a de Petrolândia, sendo expandida para Jatobá, Itacuruba, Belém do São Francisco e Floresta.

Eram um grupo de doze pessoas produzindo quilos de peixe no lago de Itaparica, em Petrolândia, no Sertão de Pernambuco, há mais de dez anos. Agora são 96 piscicultores com uma produção de aproximadamente 100 toneladas mensais de tilápia. A multiplicação dos peixes ocorreu como consequência de um fator simples: os produtores foram se reunindo em associações que atualmente são oito. Depois formaram uma cooperativa. E, posteriormente, um Arranjo Produtivo Local (APL), estrutura que tenta congregar uma cadeia produtiva de forma coordenada e isso faz muita diferença. ''Antes, a gente trabalhava como diarista na agricultura ou na construção. Quando a obra acabava, ficava desempregado. Vi na piscicultura uma oportunidade. Atuando em grupo, as contas são conjuntas e as vendas também. Quando éramos poucos, tínhamos muitas dificuldades'' lembra o presidente da cooperativa Aquícola de Petrolândia Edízio Balbino. A entidade representa oito associações cada uma com doze produtores.

A cooperativa movimenta por mês cerca de R$ 480 mil, dos quais 70 são gasto com ração para peixes e 30% destinado a compra de alevinos - forma embrionária dos peixes - e pagamento de pessoal. A remuneração de cada associado é, em média,  1,5 salário mínimo por mês. A primeira associação dos produtores de tilápia foi a de Petrolândia que contou também com um projeto de assistencia técnica do Programa Estadual de apoio ao Pequeno Produtor Rural [ProRural]. ''As cooperativas barateiam os custos e aumentam a rentabilidade'' diz o coordenador regional do ProRural no Sertão de Itaparica, Kleiton Lima. Desde 2005 a instituição já bancou R$ 200 mil de financiamento no APL da tilápia, que inclui também grupos em Jatobá, Itacuruba, Belém do São Francisco e Floresta, além de Petrolândia.

Apoio
Outra instituição que vem investindo na forma dos APLs  é a Agência de Desenvolvimento de Pernambuco [AD- Diper] ''Num APL os produtores conseguem ter mais barganha no preço da compra de matéria-prima e ganham escala na produção. É uma receita simples, mas dá grande resultados'', resume o diretor de suporte Estratégico da Agência de Desenvolvimento de Pernambuco [ AD-Diper], André Freitas. De 2007 pra cá, a instituição investiu R$ 38 milhões em 300 projetos na área de confecções, agricultura, piscicultura  e cachaça. O APL do peixe tem um caminhão financiado pela AD-Diper. ''Se formatar nun APL é de extrema importância para qualquer setor, por que dá acesso a capacitação e melhorias do processo produtivo'', conta a diretora executiva da Associação dos Produtores de Aguardente de Cana e Rapadura, Margareth Resende. O APL congrega, entre outras empresas, seis envasadoras da bebida que passaram a exportar 4% a mais comparando 2016 sobre o ano anterior, quando passaram a atuar em grupo.

Por JCOnline

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