“Dos nossos 184 municípios, 162 estão com alto índice de infestação e elevado risco de transmissão para as três arboviroses”, afirma Daniela Bandeira, representante da Secretaria Estadual de Saúde.
Na falta de comprovações, surgiram boatos de que a síndrome seria motivada por vacinas fora da validade, pesticidas e até um mosquito transgênico. As teses foram descartadas, afirma o infectologista da Universidade de Pernambuco (UPE) e integrante do Grupo de Pesquisa da Epidemia de Microcefalia da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) Demócrito Miranda. “A fase final do estudo confirma a associação da infecção congênita pelo vírus zika e a ocorrência de microcefalia”, assevera.
Daniela Venâncio não apresentou sintomas: a suspeita é de que o marido tenha transmitido o vírus na relação sexual, durante a gravidez. O infectologista confirma a possibilidade. “Pessoas que estão vivendo em área endêmica, principalmente mulheres grávidas, têm que ter cuidado”, alerta Miranda.
Em maio de 2017, o Governo Federal encerrou o decreto de emergência que tratava do surto de microcefalia. Neste ano, Pernambuco não registrou o nascimento de nenhum bebê afetado pela síndrome e, até o dia 15 de julho, nenhum caso de zika foi confirmado. Coordenadora de Vigilância Epidemiológica de Arboviroses da SES, Daniela Bandeira ressalta, porém, que o risco de epidemia ainda é alto para zika, chikungunya e dengue. “Dos nossos 184 municípios, 162 estão com alto índice de infestação e elevado risco de transmissão para as três arboviroses”, adverte.
Tampar reservatórios de água, manter fechados sacos e latas de lixo, desentupir calhas e não deixar água parada em garrafas, pneus e outros recipientes são algumas das recomendações para evitar focos do mosquito. Para mais informações, acesse www.combateaedes.saude.gov.br.
Fonte: Alepe
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