O prejuízo causado pelo programa foi de cerca de R$ 534,4 milhões (Foto: Divulgação/Polícia Federal)
O genro do ex-deputado federal Pedro Corrêa, Laudo Aparecido Dalla Costa Ziani, foi preso na manhã desta quinta-feira (3), em mais uma fase da Operação Lava Jato. A Polícia Federal deteve Ziani no Edifício Água Viva, em Piedade, Jaboatão dos Guararapes, na Região Metropolitana do Recife, segundo informações do site G1. A Operação foi batizada de “Rio 40 graus”, e investiga um esquema de corrupção com pagamento de propina e desvio de dinheiro em obras do Rio de Janeiro, tendo como principal alvo o ex-secretário municipal de obras na gestão do prefeito Eduardo Paes, Alexandre Pinto, que também foi preso agora pela manhã.
A Polícia Federal em Pernambuco não revelou qual a acusação contra Laudo Ziani. Ele é casado com a ex-deputada federal por São Paulo, Aline Corrêa, segundo informações do primo do ex-deputado, advogado Clóvis Corrêa. A defesa de Ziani ainda não foi localizada. O genro do ex-deputado foi encaminhado pela PF direto para o aeroporto do Recife, de onde será transferido para o Rio de Janeiro. Também há um mandado de busca e apreensão sendo executado pela PF em Petrolina, no Sertão do São Francisco.
Envolvido inicialmente no Escândalo do Mensalão, Pedro Corrêa atuou na Câmara dos Deputados entre 1978 e 2006, quando teve o mandato cassado por denúncias de corrupção. Três anos antes já havia enfrentado outro inquérito por envolvimento em pirataria e sonegação fiscal, em investigações de contrabando de cigarros. Ele perdeu o mandato em março e ficou inelegível até 2014.
Já na Operação Lava Jato, Pedro Corrêa foi preso em abril de 2015, e transferido para a carceragem da PF em Curitiba, Paraná. O juiz federal Sérgio Moro condenou o ex-deputado a 20 anos de prisão. Nesse processo, ele responde por lavagem de dinheiro e corrupção, e segundo Moro, teria recebido quase R$ 12 milhões do esquema. O ex-deputado é um dos que negociaram delação premiada para reduzir a pena.
Filha de Pedro Corrêa e esposa de Laudo Ziani, Aline Corrêa, foi eleita deputada federal por São Paulo, e também já foi investigada pela Operação Lava Jato. Ela estava envolvida no caso de contratações de funcionários fantasmas na Câmara dos Deputados. O processo, porém, foi arquivado por ordem judicial.
Rio de Janeiro
Na Prefeitura do Rio de Janeiro, a Lava Jato investiga contratos firmados durante a gestão de Eduardo Paes, com base na delação da empreiteira Carioca Engenharia. Há suspeitas de corrupção, pagamento de propina e desvio de recursos em obras. A 43ª fase da operação cumpre 10 mandados de prisão, sendo nove no Rio e um em Pernambuco, além de um mandado de condução coercitiva em São Paulo. Todos expedidos pelo juiz Marcelo Bretas, da 7ªVara Federal Criminal do Rio. Naquele Estado, a Lava Jato tinha como principal alvo o ex-governador Sérgio Cabral, que está preso e respondendo a vários processos. No entanto, a operação ampliou seu espectro para investigar toda a organização criminosa montada por Cabral e o PMDB no Estado.
Diário de Pernambuco
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