José Francisco levou mamífero – de 20 a 25 quilos – num carro de mão, de Roda de Fogo ao Jardim Botânico (Fotos: CPRH/Divulgação)
A luta do pedreiro para salvar a capivara começou no final da tarde desta terça (8), quando voltava do trabalho e viu pessoas tentando matar o animal, que se encontrava num trecho do canal entre Roda de Fogo e Torrões. Jogavam pedras e pedaços de pau – inclusive a machucaram – e, conforme seu relato, alguns diziam até que iriam matá-la para comer com cachaça. “Aquilo não era certo. Fiz o que tinha que fazer, tomei a atitude de salvar o bicho e levá-lo a quem pode cuidar dele da melhor forma”, afirmou, ao entregar a capivara no final da tarde desta quarta (9) à CPRH.
Para chegar ao órgão ambiental estadual, entretanto, não foi fácil. José Francisco conta que, após resgatar a capivara e impedir que sofresse mais agressões, levou o animal para casa e, como já era noite, deixou para a manhã desta quarta a tarefa de dar a ele o destino certo, de forma a que possa retornar ao habitat natural. A tarefa, contudo, mostrou-se de difícil solução. “Liguei para tudo que é órgão e sempre diziam que não faziam resgate ou que não tinham carro no momento. Até que me falaram do Jardim Botânico e eu resolvi passar lá. Peguei o carro de mão do meu patrão e fui a pé mesmo”, contou.
No Jardim Botânico, gestores resolveram acionar a Guarda Ambiental do Recife. Aí entram na história os inspetores Júlio Melo e Felipe Cássio. “Quando ele falou por telefone que estava com o animal no carro, eu indiquei logo que levasse na CPRH. Foi aí que ele disse que era um carro de mão. Fiquei surpreso e nós fomos fazer o resgate, tinha que fazer isso. Sorte desta capivara que encontrou um homem como este”, elogiou Júlio.
A capivara (ainda não se sabe se macho ou fêmea) seguirá na manhã desta quinta (10) para o Centro de Animais Silvestres de Pernambuco (Cetas Tangara), da CPRH, onde passará por avaliação e por um período de reabilitação, antes de ser devolvida à natureza. “Estou feliz por estar aqui e saber que ela será bem tratada”, encerrou José Francisco, que foi muito elogiado pela sua iniciativa.
Núcleo de Comunicação Social e Educação Ambiental - NCSEA
Agência Estadual de Meio Ambiente - CPRH
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Comentários são publicados somente depois de avaliados por moderador. Aguarde publicação. Agradecemos a sua opinião.