Ciente do seu papel também na prevenção e educação em saúde, o Hospital Dom Malan e a Unidade de Pronto Atendimento e Atenção Especializada (UPAE), ambos geridos pelo IMIP em Petrolina, trazem informações importantes sobre o assunto para a população.
Para começar, o coordenador médico da UPAE, Elson Marques, explica que a Esclerose Múltipla (EM) é uma das doenças neurológicas mais comuns em adultos jovens, com incidência maior na faixa etária de 15 a 50 anos de idade.
“De forma simples, podemos dizer que trata-se de uma doença crônica autoimune que contribui para uma deficiência neurológica e, a longo prazo, para a invalidez. A Esclerose Múltipla não tem cura e pode se manifestar por diversos sintomas, como por fadiga intensa, depressão, fraqueza muscular, alteração do equilíbrio da coordenação motora, dores articulares, disfunção intestinal e da bexiga”, esclarece.
O diagnóstico da Esclerose Múltipla é feito através da história clínica detalhada, associada ao exame clínico e neurológico completos, confirmados pelos exames laboratoriais complementares.
Não se sabe exatamente a causa da EM, mas já existem diversos tratamentos eficazes para a doença, que buscam reduzir a atividade inflamatória e os surtos ao longo dos anos contribuindo para a redução do acúmulo de incapacidade durante a vida do paciente. Os medicamentos utilizados na Esclerose Múltipla devem ser indicados pelo médico neurologista que vai analisar caso a caso.
Vale ressaltar que a EM não é uma doença mental, não é contagiosa, não é suscetível de prevenção e pode atingir crianças e adolescentes. Pesquisas internacionais mostram que quase 5% dos pacientes diagnosticados com Esclerose Múltipla são menores de 16 anos quando os primeiros sintomas surgem.
“Nas crianças ela pode ser mais complexa e prejudicial. Quanto mais cedo a doença aparece, pior, pois ela pode evoluir com sequelas maiores. Os sintomas mais comuns são vômitos, dores de cabeça, apatia e convulsões, que são mais frequentes nos pequenos do que em adultos. Por isso, é importante os pais ficarem atentos”, destaca a diretora de atenção à saúde do HDM, Tatiana Cerqueira.
A boa notícia é que o SUS está prestes a oferecer um medicamento para pacientes diagnosticados com esclerose múltipla, a teriflunomida, que ajuda a reduzir os surtos e a progressão da doença. De acordo com o Ministério da Saúde, o remédio é o primeiro medicamento na linha de cuidado, por via oral.
O anúncio foi feito em maio com previsão para disponibilização nas unidades de saúde de todo o país em até seis meses. A novidade deve atender a cerca de 12 mil pacientes que já são tratados na rede pública, além dos novos casos.
Atualmente, o SUS oferece seis medicamentos para o tratamento da doença. Além disso, o sistema público tem 277 hospitais habilitados como Unidade de Assistência ou Centro de Referência de Alta Complexidade em Neurologia/Neurocirurgia em todo o país. Mais informações na Rede SUS ou pelo site http://abem.org.br/
Secretaria Estadual de Saúde de Pernambuco
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